Paralisação na Petrobras e Transpetro segue forte em todo o país

Os trabalhadores próprios e terceirizados de várias áreas operacionais do Sistema Petrobrás iniciaram na madrugada desta sexta-feira…





Imprensa da FUP

Os trabalhadores próprios e terceirizados de várias áreas operacionais do Sistema Petrobrás iniciaram na madrugada desta sexta-feira, 03, uma paralisação nacional para pressionar a empresa a atender as principais reivindicações da categoria, que está em campanha salarial. A paralisação está tendo adesão de mais de 80% dos trabalhadores nas bases da Federação Única dos Petroleiros (FUP/CUT) e prosseguirá ao longo do dia nas refinarias, plataformas, campos de produção terrestre, terminais de distribuição e unidades administrativas. Os trabalhadores interromperam as principais operações, mantendo apenas as atividades essenciais para a manutenção e segurança dos equipamentos. A FUP esclarece que esta é uma paralisação de advertência, que não afetará o abastecimento da população.

Estão parados os trabalhadores das refinarias de Duque de Caxias (Reduc), Paulínia (Replan), Mauá (Recap), Betim (Regap), Manaus (Reman) e Paraná – (Repar) e Usina de Xisto (SIX). 

Nos terminais, a paralisação teve adesão dos trabalhadores de Cabiunas (Macaé), Campos Elíseos (Duque de Caxias), Suape (Pernambuco), Manaus e Coari (Amazonas), São Caetano e Barueri (São Paulo). Em Santa Catarina, os trabalhadores estão mobilizados nos terminais de Itajaí, Ibiguaçu, Guaramirim, São Francisco do Sul e na Estação Intermediária de Itararé. No Paraná, os petroleiros do terminal de Paranaguá também somaram-se ao movimento.

Nas unidades de produção terrestre da Petrobras, estão parados os trabalhadores próprios e terceirizados de Taquipe, Miranga, Santiago, Borba Nordeste, Araçás e Buracica (Bahia); Mossoró, Canto do Amaro, Alto do Rodrigues e Pólo de Guamaré (Rio Grande do Norte), além de toda a área operacional de São Mateus e Linhares, no Espírito Santo.

Na Bacia de Campos, os petroleiros interromperam as atividades em 36 plataformas. O mesmo acontece no Rio Grande do Norte e no Espírito Santo, onde os trabalhadores das plataformas também aderiram à paralisação. Os trabalhadores suspenderam a emissão de Permissões de Trabalho e só estão executando as atividades relacionadas à segurança, manutenção e habitabilidade das plataformas.

Nas áreas administrativas, os trabalhadores também aderiram à paralisação convocada pela FUP nos escritórios da Petrobrás e da Transpetro, em várias cidades do país, como Manaus, São Paulo, Natal, Mossoró, entre outras.

Os petroleiros reivindicam reposição da inflação do período (setembro de 2009 a agosto de 2010) pelo ICV/Dieese (estimativa de 5%); ganho real e produtividade (10%); melhorias no programa Jovem Universitário (reembolso de parte das mensalidades dos trabalhadores matriculados em faculdades particulares); proteção dos direitos trabalhistas dos terceirizados; fórum nacional para debater com os gestores da Petrobrás mudanças estruturais na área de SMS (Saúde, Meio Ambiente e Segurança).

A Petrobrás insiste em discriminar seus trabalhadores com uma proposta econômica que não atende as reivindicações da categoria e ainda privilegia os salários mais altos em detrimento dos que recebem menos. Além disso, a empresa não avançou em relação às cobranças dos petroleiros sobre condições de trabalho e segurança, principalmente, no que diz respeito aos terceirizados.