Petrobrás proíbe saída de trabalhadores mantidos pela Rlam

Sindipetro-BA denuncia assédio moral…





Bahia Todo Dia

Os petroleiros baianos parados desde as 11h30 desta quarta (16) denunciam práticas antigreve da Petrobras dentro da Refinaria Landulpho Alves, que mantém os funcionários confinados nas dependências da empresa, em São Francisco do Conde – Região Metropolitana de Salvador (RMS). "Desde ontem estamos recebendo ligações de diversos companheiros, reclamando que os supervisores não impedem a saída, mas fazem ameaças sobre punições e quanto ao futuro das carreiras dos profissionais. Alguns estão há 24 horas sem sair do local", afirma o diretor do Sindipetro-BA Deyvid Bacelar que, por telefone, relatou a situação ao BAHIA TODO DIA nesta quinta (17).

Bacelar aponta que os trabalhadores foram obrigados a chegar na refinaria por caminhos alternativos, diferentes dos habituais. "A Petrobras convocou muitas pessoas para trabalhar desnecessariamente, muitas delas sendo transportadas pelo mar e por helicóptero", comenta o diretor sindical que acompanha a visita de um fiscal da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego para auditar as denúncias apresentadas pelos funcionários da estatal.

"Alguns trabalhadores estão indo para o trabalho pelo mar, onde o acesso à refinaria não é adequado. Além de enfrentar a maré alta, eles tem que se arriscar num píer de concreto improvisado, próximo a área da refinaria", completa Bacelar. Segundo informações dos trabalhadores, os helicópteros que têm sido utilizados para o transporte de funcionários estão "cheios e bem apertados".

O dirigente sindical cita ainda o caso de dois funcionários da fábrica de asfalto da Petrobras, fora da planta em São Francisco do Conde, que estão com medo de sair da empresa. "Eles reclamam que não estão se sentindo bem, mas, por conta do medo, não querem sair", relata.

De acordo com Bacelar, a greve dos petroleiros começou nesta quarta (16) após as assembleias realizadas na Bahia terem rechaçado a proposta apresentada pela Petrobras na última segunda (14). "A empresa enviou uma proposta afirmando que seria a última. Nós a analisamos e as 11 assembleias rejeitaram o que foi apresentado", afirma.