Conselho Deliberativo da FUP indica aceitação da proposta da Petrobrás e estado de greve contra as privatizações

 

Conselho Deliberativo da FUP indica aprovação da proposta de termo aditivo e estado de greve contra as privatizações no Sistema Petrobrás

Após mais de quatro meses de embate com a nova gestão da Petrobrás, que chegou, inclusive, a buscar uma mediação no TST, que a FUP negou veementemente, garantimos na mesa de negociação que nenhum direito dos petroleiros fosse usurpado.

Mesmo em um cenário político e econômico de intensos retrocessos e ataque aos direitos trabalhistas e arrocho salarial, barramos o desmonte do ACT e conquistamos a reposição do ICV Dieese para toda a categoria. 

Foi uma negociação dura, onde a Petrobrás quis congelar a tabela salarial com reajuste zero, e, nas propostas seguintes, tentou impor à categoria práticas neoliberais, ao escalonar e depois parcelar os índices oferecidos, sendo que o primeiro nem sequer cobria a inflação do período.

Paralelamente a isso, a administração Pedro Parente trouxe para o Termo Aditivo questões relacionadas a regimes e a jornadas de trabalho, cláusulas que estavam fora do escopo da negociação, mas que os gestores tentaram alterar, para flexibilizar e reduzir direitos. Outro impasse criado pela direção da companhia foi o descumprimento do acordo assinado com a categoria, quando tentou recuar na implantação do ATS para os trabalhadores da Araucária Nitrogenados.

Com firmeza na mesa de negociação e o respaldo dos trabalhadores nas mobilizações, a FUP conseguiu preservar o ACT, garantir a reposição do ICV/Dieese e uma proposta concreta de anuênio para os companheiros da Fafen-PR.  Garantimos o reajuste do auxílio almoço, uma conquista que impacta diretamente 13 mil petroleiros, e remetemos para a Comissão de Regimes de Trabalho a proposta da empresa de redução de jornada com redução de salário, de forma a preservar os direitos dos trabalhadores e impedir que os gestores façam disso mais uma ferramenta de assédio.

Além disso, pela primeira vez teremos a chance de debater com a empresa as horas extras gerenciáveis, não com o objetivo de discutir percentuais, mas sim de desmontar essa vergonhosa caixa preta, que há anos serve aos amigos do rei.

O Conselho Deliberativo da FUP, portanto, indica a aprovação da proposta conquistada às assembleias que começam a partir desta sexta-feira, 20. Vencida mais essa etapa da nossa luta, o esforço da categoria agora tem que ser revertido para impedir a entrega da Petrobrás, com uma reação forte em todo o país. Por isso, estamos indicando estado de greve contra as privatizações no Sistema Petrobras e convocando um Conselho Extraordinário, entre os dias 30 de janeiro e 01 de fevereiro, para debater estratégias contra o desmonte da empresa e um amplo calendário de lutas para nos contrapormos à privatização.

Em comunicado aos trabalhadores, o coordenador da FUP, José Maria Rangel, afirma que a categoria sai fortalecida dessa campanha para a luta maior que se impõe a cada um dos trabalhadores e trabalhadoras do Sistema Petrobrás que é barrar a privatização da empresa.

INDICATIVOS

•             Aceitação da proposta de Termo Aditivo do ACT 2015/2017

•             Manutenção do estado de assembleia permanente          

•             Manutenção do estado de greve contra as privatizações no Sistema Petrobrás

 

FUP