Chefes assediadores da P-18 serão denunciados pelo Sindicato

O Sindipetro-NF continua a acompanhar o caso e tomará medidas em relação à denúncia feita por meio de manifesto dos trabalhadores da P-18 (aqui) contra um gerente e um coordenador da unidade. Esses chefes estão incorrendo em atos de perseguição, assédio e desembarque arbitrário.

De acordo com o diretor sindical Sérgio Borges, um dos que acompanham a denúncia, um geplat e um coordenador estão assediando trabalhadores próprios e terceiros para que realizem serviços que não estão previstos no escopo de trabalho e nos contratos. “Além da perseguição e do constrangimento que causa, o gerente, que se acha dono da plataforma, desembarca profissionais que não rezam em sua cartilha”, afirma Borges.

Os trabalhadores denunciam que o geplat obriga trabalhadores do MI (Manutenção e Integridade) a executar tarefas que não são de responsabilidade da equipe — como forma de compensar o baixo efetivo da plataforma.

As chefias se comportam como capatazes, monitorando presencialmente as atividades executadas pela equipe do MI. Fazem ainda questionamentos verbais sobre qualquer saída do local de trabalho, mesmo que para executar outra atividade planejada. 

Um dos episódios mais constrangedores relatados pelos trabalhadores foi quando o gerente, de forma ríspida, interrompeu um DDS (Diálogo Diário de Segurança) para exigir que os trabalhadores fossem retirar a PT (Permissão de Trabalho) antes do horário programado, como se aquela reunião não fizesse parte da rotina diária de trabalho.

Pressão suspeita sobre terceirizados

“Os trabalhadores terceirizados também estão pressionados pela chefia da plataforma. Mesmo tendo um contrato de exclusividade, isto é, uma forma de contratação direcionada por envolver aspectos muito técnicos que somente o fabricante ou um fornecedor exclusivo tem acesso, esses trabalhadores estariam sendo coagidos a trabalharem em outros equipamentos”, explica Borges.

Dessa forma, avalia o Sindipetro-NF, a Petrobras estaria contratando exclusivamente para realizar um serviço e pagaria por outro que não está no escopo do contrato — um caso que pode levar até mesmo à suspeição de corrupção. 

A direção do sindicato está cobrando explicações da gestão da empresa sobre o caso e vai encaminhar denúncias para os órgãos fiscalizadores. A entidade também verifica a possibilidade de acionar judicialmente os envolvidos no episódio, em função da reincidência de alguns em casos de assédios.

Não é a primeira vez que o sindicato recebe relatos a respeito do mau comportamento do geplat. “Esse gerente é um velho conhecido assediador. O Sindipetro-NF já realizou diversas denúncias de suas práticas”, afirma o diretor sindical.

Denuncie

Para subsidiar a atuação do sindicato, a diretoria solicita aos trabalhadores que tiverem mais informações sobre a ocorrência, ou outros casos de assédio de trabalhadores, desvios contratuais ou sobre qualquer outra irregularidade, que encaminhem a denúncia para o email [email protected].

Fonte: Sindipetro-NF