FUP e representantes dos Sindipetros discutem conjuntura política e econômica do Brasil

No segundo dia do seminário de planejamento estratégico para campanha salarial 2016, o economista Cloviomar Cararine (DIEESE/FUP) fez uma análise conjuntural sobre as questões econômicas relacionadas à Petrobrás e pontuou informações importantes para a organização da pauta a seguir na campanha salarial de 2016.

Assim, os dirigentes da FUP, além dos representantes dos Sindipetros presentes no seminário, vão poder comparar e traçar paralelos com a campanha desenvolvida no ano passado, analisando seus pontos positivos e negativos.

Desta maneira, o economista apresentou os dados sobre a complexa situação do país, que enfrenta o golpe de Estado, luta contra o PLS 4.567/2016, que impõe o fim da operação única da Petrobrás, além de conviver com a possibilidade de alteração da Política de Conteúdo Local.

Todo esse contexto instável e antidemocrático atinge diretamente a Petrobrás e os trabalhadores. Enquanto a empresa sofre com os efeitos da venda de ativos e redução do seu papel, foco no investimento e retorno aos acionistas, presença dos privatistas no governo, os trabalhadores lidam com a falta de representação na diretoria da empresa, que está nas mãos de Pedro Parente, indicado político alinhado ao governo político.

Na gestão de Parente, houve uma diminuição considerável dos trabalhadores que prestavam serviço à Petrobrás, além de uma política de desinvestimento da empresa. Assim, trabalhadores foram diretamente prejudicados, tanto pelas demissões em massa, como pelos efeitos do PIDV, que gerou a redução da base dos sindicatos. Além disso, também são obrigados a conviver com o retrocesso: a redução dos direitos conquistados no ACT, e a ameaça, que atinge todos os brasileiros, de ver o nosso maior bem público, o Pré-Sal, sendo entregue às mãos do capital estrangeiro.