Fenaban chama Comando Nacional dos Bancários para negociação

 

 

A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) comunicou, na noite desta terça-feira (4), o Comando Nacional dos Bancários sobre uma nova rodada de negociações.

A reunião acontecerá nesta quarta-feira (5), em São Paulo, às 17h.

Após rodada com a Fenaban, estão agendadas as negociações específicas para as pautas dos trabalhadores do Banco do Brasil e da Caixa Federal.

A greve

Os bancários completaram, nesta terça-feira (4), o 29º dia da greve nacional com 13.104 agências e 44 centros administrativos paralisados. O número representa 55% do total de agências de todo o Brasil.

Amanhã, ao completar 30 dias, a greve iguala a marca da campanha de 2004, primeiro ano da mesa de negociações unificadas entre bancos públicos e privados e recorde nesse novo modelo. A greve mais longa da categoria na história foi em 1951, com 69 dias de paralisação.

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, comemorou a força da mobilização, mesmo diante da repressão dos banqueiros. “Em algumas regiões os bancos colocaram a polícia para pressionar e obrigar os bancários a trabalhar. Tem bancos produzindo documentos com ameaças e informações falsas. Isso é mentira e a categoria está ciente. Só a luta te garante!”

Mais de uma centena de sindicatos realizaram assembleias organizativas e decidiram fortalecer a greve, a unidade e a mobilização da categoria. Várias propostas criativas de ampliação e de diálogo com as comunidades foram apontadas, já que os clientes, os usuários e a população estão sofrendo muito com a greve esticada pelos banqueiros.

Para Roberto von der Osten, nenhum setor da economia fica tanto tempo em greve sem atender minimamente o reajuste dos seus trabalhadores pela inflação. Seria até compreensível se fosse um setor com prejuízos. “Mas, como os bancos vão explicar isso para os seus clientes e para a população. Seus lucros são recordistas. Porque querem achatar os salários de seus empregados?  De onde vem esta orientação? Do FMI? Do ajuste fiscal? De onde?”, indagou.

 

VIA CUT