Comitê Internacional de Solidariedade a Lula e à Democracia será lançado no FSM

As graves restrições e ameaças ao Estado Democrático de Direito no Brasil, a crise institucional, o desrespeito à Constituição, as constantes perdas dos direitos sociais e trabalhistas, os ataques à democracia e a perseguição ao ex-presidente Lula levaram representantes de movimentos sociais e sindical e partidos políticos a lançarem o Comitê Internacional de Solidariedade a Lula e à Democracia.

O lançamento oficial será nesta quinta-feira (15), ao meio-dia, na Tenda da CUT instalada no Fórum Social Mundial, que está sendo realizado em Salvador, Bahia.

O Comitê será coordenado pelo ex-ministro Celso Amorim, e não terá local fixo. A ideia é criar condições para que as diversas iniciativas de defesa do Brasil e de Lula possam se comunicar e conversar em seus respectivos países.

A estratégia dos organizadores é fortalecer o manifesto de lançamento do Comitê para que ele seja um documento aglutinador de defesa da democracia brasileira e um alerta ao mundo.

“A solidariedade internacional é muito grande. Além disso, os companheiros e companheiras de vários países entenderam que é preciso derrotar o golpe no Brasil para que ele não se estenda para o resto do mundo”, diz o secretário de Relações Internacionais da CUT, Antônio Lisboa.

Mais apoio internacional

Nesta quinta-feira (15), às 17h, haverá um ato em defesa da democracia, no estádio de Pituaçu, em Salvador, com as presenças dos ex- presidentes do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff; da Argentina, Cristina Kirchner ; do Uruguai, José Mujica; e do Paraguai, Fernando Lugo.

Já a bancada progressista do Parlasul aprovou, na última segunda-feira (12), um manifesto de apoio ao ex-presidente Lula. Na opinião dos parlamentares, Lula tem sofrido assédio permanente por parte dos setores conservadores e reacionários do Ministério Público Federal (MPF), da Polícia Federal e dos meios de comunicação para desqualificá-lo como candidato à presidência da República nas eleições de outubro de 2018.

Os parlamentares defenderam ainda a indicação do ex-presidente Lula ao prêmio Nobel da Paz.

Apoios

O Comitê Internacional tem entre seus membros as seguintes entidades:

Central de Movimentos Populares (CMP), Central Única dos Trabalhadores (CUT),  Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (CEBRAPA), Confederação Sindical das Américas (CSA); Confederação Sindical Internacional (CSI); Conselho Mundial da Paz (CMP); Fundação Mauricio Grabois (FMG);Fundação Perseu Abramo (FPA); Internacional dos Serviços Públicos (ISP); Intersindical; Instituto Lula (IL);Levante Popular da Juventude; Marcha Mundial de Mulheres (MMM);Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST);Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST);Partido Comunista do Brasil (PCdoB); União Brasileira de Mulheres (UBM); União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES);União da Juventude Socialista (UJS); União Nacional dos Estudantes (UNE); Partido dos Trabalhadores (PT); além do cientista político Gonzalo Berron e o ex- ministro dos Direitos Humanos do Brasil e membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Paulo Vanuchi;

E ainda:

Central de Trabajadores Argentinos – Autônoma (CTA – A); Central de Trabajadores Argentinos –Trabajadores (CTA – T); Adolfo Perez Esquivel (Prêmio Nobel da Paz 1980); Victor de Genaro (Presidente do Partido Unidad Popular); Hassan Yusuff (Presidente do CanadianLabourCongress – CLC),  Canadá; Leo Gerard (Presidente do United Steel Workers – USW), dos Estados Unidos, Partido Comunista Português (PCP) e Partido Comunista da Venezuela (PCV);  da Eurodeputada do PC Francês e do Partido da Esquerda Europeia Marie – Pierre Vieu.

Até agora foram formados comitês em Buenos Aires e Missiones, na Argentina; e em Bruxelas, Bélgica. E os comitês em formação até o momento são em Washington (EUA); e Genebra, na Suíça.

[Via CUT]