5 mil manifestantes abraçaram a Petrobrás no Ato Público em defesa do petróleo e contra a CPI

Mais de 5 mil pessoas, entre petroleiros e trabalhadores e trabalhadoras de diferentes categorias…

CUT

Mais de 5 mil pessoas, entre petroleiros e trabalhadores e trabalhadoras de diferentes categorias, participaram da manifestação em defesa da Petrobrás e de uma nova lei do petróleo realizada na manhã de hoje (21), no centro da cidade do Rio de Janeiro. A CUT e a FUP tiveram a iniciativa de organizar o ato, que obteve apoio e participação de outras centrais e de diversos movimentos sociais.

A mobilização foi encerrada por volta das 13h30, diante do edifício sede da Petrobrás, na avenida Chile, depois de uma passeata que fechou as seis pistas da avenida Rio Branco e de um abraço simbólico em torno da sede da empresa. A Polícia Militar do Rio estimou em 2,5 mil os manifestantes.

O coordenador da FUP, João Antonio de Moraes, encerrou o ato com uma fala dura contra a oposição, que quer explorar a CPI da Petrobrás para tentar detonar as possibilidades de elaboração de um novo marco regulatório para o pré-sal. A CUT, a FUP e os movimentos sociais defendem uma nova lei do petróleo garanta soberania brasileira sobre a exploração das jazidas recém-descobertas e, mais que isso, que os resultados financeiros sejam aplicados num fundo soberano e destinados, prioritariamente, a políticas públicas de saúde, educação, infraestrutura, pesquisa e segurança, entre outros.

"Queremos o controle sobre o pré-sal nas mãos do povo brasileiro. É uma riqueza gigante que deve ser destinada para fortalecer e consolidar políticas de Estado que garantam distribuição de renda e diminuição das desigualdades", afirmou Moraes, no discurso em frente à sede da Petrobrás. "Essa CPI é uma tentativa do PSDB e do ex-PFL, os mesmos que acabaram com várias empresas estatais e que abriram nossas jazidas de petróleo para a exploração de multinacionais e remessas de lucros para outros países, de barrar os movimentos sociais que lutam pela idéia de uma política de energia soberana, que ajude o Brasil a ser um país justo e a ocupar uma posição mais forte no cenário internacional", explica o dirigente. "Mas essa luta vai ganhar mais força", avisou.