Negociação com a Petrobrás: FUP cobra antecipação do ICV e pendências do Acordo

Próximas reuniões de negociação serão nos dias 26 e 27…





Imprensa da FUP

Nesta segunda-feira, 19, a FUP teve sua primeira reunião com a Petrobrás referente à campanha reivindicatória, onde cobrou uma resposta para a pauta da categoria, que foi protocolada no dia primeiro deste mês. A Federação ressaltou que não há necessidade de apresentação, ponto a ponto, das reivindicações dos trabalhadores e propôs que as próximas reuniões com a empresa sejam de esclarecimento das dúvidas em relação à pauta. A Petrobrás agendou para os dias 26 e 27 as primeiras rodadas de negociação.

Reposição imediata da inflação – a FUP reivindicou a antecipação da reposição do ICV/Dieese (7,29%), ressaltando a necessidade de correção imediata das perdas causadas pela inflação do período. O objetivo é preservar o poder de compra dos salários e negociar o aumento real durante a campanha. A Petrobrás alegou que esta reivindicação faz parte da pauta e será tratada no âmbito da negociação coletiva.

PLR – a FUP também cobrou a proposta da empresa para regramento das PLRs futuras, conforme acordado na quitação da PLR 2010. A Petrobrás ainda não tem data prevista para apresentação da proposta. Outro ponto cobrado pela FUP foi a data de pagamento dos trabalhadores que se desligaram da empresa, mas que têm direito à PLR 2010. A Petrobrás informou que o pagamento será feito até o dia 30 de setembro.

Pendências do ACT 2009/2011

A FUP cobrou uma resposta da Petrobrás para os compromissos assumidos em relação ao atual Acordo Coletivo e que até hoje não foram implementados.

Implantação do PP-2 na Transpetro – passados mais de dois anos do compromisso assumido pela subsidiária, os trabalhadores continuam aguardando a abertura do processo de adesão para o Plano Petros-2. O RH da Transpetro informou que todas as exigências da Previc e do Dest foram cumpridas e que desde agosto tem cobrado dos órgãos governamentais a autorização para retirada de patrocínio do Plano Transpetro.  A subsidiária esclareceu que essa é a única pendência para abertura da adesão ao PP-2. A FUP propôs uma reunião conjunta com a Transpetro e a Petros na Previc para concluir imediatamente essas pendências.

Unificação das redes de credenciamento da AMS – essa é outra conquista do atual acordo que continua com pendências. A FUP denunciou uma série de distorções no atendimento dos hospitais e clínicas, que criam dificuldades e transtornos para os usuários da AMS. A Petrobrás informou que as redes de credenciamento da Petrobrás, BR, Transpetro e demais subsidiárias estão todas unificadas, mas reconheceu que ainda há alguns problemas que precisam ser corrigidos. A FUP cobrou solução imediata para essas questões e ações junto à rede credenciada. A Federação voltou a ressaltar que a valorização da AMS e a melhoria do atendimento são uma das prioridades dos trabalhadores nesta campanha reivindicatória. 

Fundo garantidor dos direitos dos trabalhadores terceirizados – apesar do compromisso assumido pela Petrobrás no atual acordo de buscar um mecanismo que coíba os calotes das terceirizadas, nada de concreto mudou na política de contratação da empresa. A FUP reiterou a urgência de um fundo que garanta as verbas rescisórias dos trabalhadores terceirizados.

Avanços de níveis por mérito – apesar de ter assumido o compromisso de criar uma comissão para analisar individualmente os casos dos trabalhadores que ficarem quatro anos sem avanço por mérito (recebendo apenas o avanço por antiguidade conquistado pela FUP), a Petrobrás nunca cumpriu o acordado. A FUP reiterou que é inadmissível que a empresa discrimine trabalhadores ou se utilize do PCAC para perseguições políticas. Um dos exemplos citados foi a nova política de avanço de níveis que a empresa implantou unilateralmente para acelerar a progressão salarial dos profissionais Júnior, mas que deixou de fora 568 trabalhadores que se enquadravam nos critérios estabelecidos. Esse número representa apenas 8,5% do total de trabalhadores que estariam aptos a serem promovidos. A FUP tornou a ressaltar que é necessário reabrir a negociação do PCAC para rediscutir os pleitos da categoria que não foram atendidos.