Nova rodada de negociação nesta quarta. Vamos intensificar as mobilizações

FUP

A Petrobrás enviou documento à FUP nesta segunda-feira, 17, agendando para a próxima quarta (19) uma nova rodada de negociação, pela manhã, no Edise. Nesta terça-feira, 18, a reunião com a empresa terá como pauta o regramento da  PLR. O Conselho Deliberativo da FUP estará reunido no Rio de Janeiro para avaliar as negociações e apontar um novo calendário de lutas.

Os petroleiros já conquistaram a antecipação da inflação (5,24%), que será paga na folha de setembro para a ativa, aposentados e pensionistas. A categoria  foca agora a luta por ganho real e regras justas e democráticas para o pagamento e distribuição das PLRs futuras.

Todos ao ato unificado das categorias em luta, quinta-feira (20), na Avenida Paulista

Na quinta-feira, 20, os petroleiros participam junto com os bancários, metalúrgicos, químicos e trabalhadores dos Correios de uma grande mobilização na Avenida Paulista, em São Paulo. A FUP orienta os sindicatos a enviarem caravanas para esse ato, que terá como objetivo somar forças das categorias que estão em luta por ganhos reais e condições dignas de trabalho. Além das pautas específicas de cada categoria, a manifestação vai reforçar a pauta nacional da classe trabalhadora, que está parada no governo e no Congresso Nacional, que reivindica, entre outros itens, isenção de imposto de renda na PLR, a regulamentação da Convenção 151 e ratificação da Convenção 158, ambas da OIT, o fim da terceirização, não a rotatividade, entre outras questões.

Vamos intensificar as mobilizações junto com os trabalhadores do setor privado

A FUP convoca toda a categoria a participar ativamente das mobilizações desta quarta-feira, 19, que os sindicatos estarão realizando pelo Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores do Setor Privado. Além da solidariedade de classe, é fundamental que os petroleiros estejam mobilizados para fortalecer a FUP na mesa de negociação.

As atividades desta quarta-feira irão denunciar o aprofundamento da precarização gerada pela terceirização e cobrar responsabilidade da Petrobrás para frear esse processo. Em várias bases do país, a mobilização será feita em conjunto com os trabalhadores próprios. Na Bahia, por exemplo, os petroleiros aprovaram paralisação nas principais unidades do Sistema Petrobrás no estado.

Os trabalhadores do setor privado sofrem com a precarização cada vez maior das condições de trabalho e segurança, além de calotes e desrespeito a direitos básicos. A Petrobrás terceiriza riscos, transferindo para as empresas contratadas atividades operacionais e de manutenção, que requerem alto nível de especialização e experiência, devido a complexidade  da indústria de petróleo. Não é à toa, que mais de 80% das vidas perdidas em acidentes de trabalho na empresa são de prestadores de serviço.

Mais um trabalhador terceirizado morre em acidente

No último dia 12, mais um trabalhador terceirizado morreu em acidente na Petrobrás. Givaldo Carlos da Silva, 49 anos, era motorista da Produman Engenharia, empresa prestadora de serviços em Carmópolis, no Sergipe. Ele foi atingido pela caçamba de um caminhão basculante na Estação de produção de Bom Sucesso. Só esse ano, foram seis acidentes fatais na Petrobrás, todos foram com trabalhadores terceirizados.