Trancaço no Edinc marca em Macaé dia de mobilização na entrega da pauta de reivindicações

Um trancaço realizado pelo Sindipetro-NF na manhã de hoje, no Edinc, um dos prédios administrativos da Petrobrás em Macaé, atrasou a entrada dos trabalhadores no expediente até às 9h. O protesto denunciou a ameaça de corte de direitos da categoria petroleira nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho e das demais categorias, com as reformas trabalhista e previdenciária, o desmonte do estado brasileiro e a privatização da Petrobrás.

Uma grande faixa foi estendida na portaria do prédio. Diante dela, diretores sindicais formaram uma barreira humana diante de aproximadamente 300 empregados da base. O ato foi considerado tranquilo pelos sindicalistas, com adesão dos trabalhadores e trabalhadoras, que pararam para ouvir os alertas e participar da atividade de conscientização.

O protesto no Edinc fez parte de um dia nacional de mobilizações nas bases da FUP (Federação Única dos Petroleiros). A Federação tem reunião ainda nesta manhã com a área de Recursos Humanos da Petrobrás, no Rio, para a entrega da Pauta de Reivindicações da categoria, que tem data base em setembro, e da Pauta pelo Brasil, com propostas para que a companhia retome o protagonismo no desenvolvimento nacional e na promoção de justiça social.

Para o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra, a situação da Petrobrás é tão crítica que nem mais se pode falar em uma mera venda de ativos. “Não é nem um balcão de negócios o que estamos vendo, é um balcão de entrega”, denunciou, lembrando o anúncio recente de oferta de 74 plataformas em todo o País, 14 delas na Bacia de Campos.

Também diretor do NF, Rafael Crespo chamou a atenção para o fato de que cada plataforma vendida gera desemprego na Petrobrás e no setor privado. “Não pensem que não é com vocês, não pensem que não atinge o administrativo. Menos uma plataforma é menos pessoal de apoio em terra, menos armazenamento, menos tecnologia de informação, menos contratados indiretos”, alertou o sindicalista.

Conceição de Maria, outra diretora do NF, destacou que a Campanha Reivindicatória será uma das mais difíceis enfrentadas pela categoria petroleira, pois o cenário nacional é de forte retorno das políticas privatizantes e de cortes de direitos. “Há dez anos, nós íamos para uma Campanha Reivindicatória para conquistar direitos. Hoje temos que ir para preservar direitos conquistados. Não vamos aceitar nenhum direitos a menos e nem a privatização da Petrobrás”, afirmou.

A mobilização não apenas de categorias organizadas, como a dos petroleiros e bancários, mas de toda a sociedade, foi o aspecto levantado pelo diretor do NF, Sérgio Borges. Também participaram do protesto os diretores Eider Cotrim, Alessandro Trindade, Marcelo Nunes, Francisco José, Antônio Bahia e Guilherme Cordeiro.

Fonte: Sindipetro-NF