Sindicato denuncia série de problemas na plataforma Cherne-2, na Bacia de Campos

Sindipetro NF

Unidade, que registrou incêndio em painel no último dia 7, possui um histórico de pendências de segurança e já passou por casos semelhantes. Petroleiros fizeram manifesto contra desmandos gerenciais

Um incêndio em um painel elétrico na plataforma Cherne-2, na área de produtos químicos, no último dia 7, se mostrou como apenas parte de um problema crônico de gerência da unidade, de acordo com os contatos que o NF tem mantido com os petroleiros. Um histórico de negligência para com a segurança tem causado apreensão entre os trabalhadores. O sindicato, que apura as causas do acidente por meio da presença do diretor Francisco Tojeiro na comissão de investigação, também levanta a situação completa da plataforma.

O incêndio no painel não causou vítimas, tendo sido debelado pela equipe da brigada. A produção, no entanto, foi reduzida. No domingo, 14, a gerência determinou a utilização de outro painel que também apresenta problemas e não atende à NR 10. O sindicato foi acionado e entrou em contato com a área de SMS da empresa. Após a intervenção do NF, a unidade deixou de operar com o painel e a produção voltou a ser reduzida.

A situação de negligência das gerências para com a segurança em PCH-2 chegou a gerar um manifesto dos trabalhadores, onde parte dos problemas da plataforma são listados. Veja abaixo algumas ocorrências recentes na unidade.

Casos recentes

JANEIRO DE 2011
Incendio no módulo 5.

JULHO DE 2011
O mesmo módulo 5 quase sofre novo incêndio, com vazamento de óleo em bomba similar que operava no mesmo sistema durante o acidente. Foi verificado que a junta de expansão da descarga estava abaixo da classe de pressão. O operador desligou a bomba a tempo de evitar o  novo incendio.

AGOSTO DE 2011
Incêndio provocado pelo sistema slop/relif, que estava em desacordo com o projeto original.

OUTUBRO DE 2012
Incêndio no painel 992 causou a parada de toda a produção que ia para o separador. Até ontem,  apenas seis poços, que não necessitam de produtos quimicos, estavam em operação. Antes do incêndio a perda era de 210 m3/d. Depois do incêndio a perda é de 910 m3/d.