Trabalhadores da Replan aderem ao Dia Nacional de Luta

 

Sindipetro Unificado-SP

Os trabalhadores da Replan aderiram ao Dia Nacional de Luta e não entraram, hoje de manhã (11.07), na empresa. Dirigentes do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro-SP), em parceria com o Sindicato da Construção Civil, bloquearam às 5h30 as principais portarias de acesso à refinaria. Os funcionários que foram até a Replan, tiveram que voltar para casa.

Com o corte de rendição, os operadores que iniciaram o expediente ontem à noite, no turno das 23h30, foram mantidos dentro da refinaria até às 15h30, horário em que aconteceu a troca de turma. Na Replan, trabalham cerca de 10 mil terceirizados e 1,2 mil funcionários próprios.

Na tentativa de esvaziar o movimento de luta e evitar aglomeração em frente à refinaria, as empreiteiras que prestam serviços à Replan suspenderam o transporte, sem aviso prévio, e deixaram os terceirizados na mão. “Tirar os ônibus de circulação foi uma audácia das empresas, um boicote aos trabalhadores, que poderiam ter participado do ato nacional”, declarou o diretor do Sindipetro Arthur “Bob” Ragusa.

Já, os ônibus do pessoal Administrativo da Petrobrás passaram no horário de costume. Seguindo orientação da gerência da Replan, os ônibus ficaram parados em Betel e os motoristas aguardavam que os portões fossem liberados para que pudessem entrar na empresa com os funcionários. “Assim que recebemos essa informação, entramos em contato com os responsáveis na refinaria e os trabalhadores foram levados de volta para casa”, afirmou o coordenador da Regional Campinas do Sindipetro-SP, Rogério Santa Rosa.

Bob reforçou aos trabalhadores a pauta do Dia Nacional de Luta que reivindica, entre outros temas, jornada de 40 horas semanais, sem redução do salário; reforma agrária; e fim do fator previdenciário, dos leilões do petróleo e do Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização. “A situação do terceirizado já é bem precária, com salário 30% menor que o do trabalhador efetivado, além da alimentação, equipamentos de proteção e uniforme ruins. Não podemos permitir que essa situação se torne ainda pior”, disse o diretor.