100% dos petroleiros aderem à greve em Paulínia e na grande São Paulo

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Sindipetro SP

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A greve dos petroleiros em Paulínia e na grande São Paulo tem 100% de adesão. Em Mauá, 90% dos trabalhadores participam da paralisação. A direção do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo

(Sindipetro-SP) considera a mobilização um sucesso.

A paralisação começou na madrugada de hoje (17.10), com o corte de rendição do turno da zero hora. Na Replan, em Paulínia; no prédio do Edisp 2, na capital paulista; e nos terminais da Transpetro de Guararema, Guarulhos, São Caetano e Barueri a greve atinge toda a categoria.

Além das áreas operacionais, também participam da greve por tempo indeterminado os trabalhadores do setor administrativo e alguns terminais contam com a adesão dos terceirizados.

Na Replan, os ônibus chegaram quase vazios. Sem saber se a gerência disponibilizaria transporte para levar o pessoal de volta para casa, a maioria dos trabalhadores preferiu não ir para a empresa. Na última paralisação, no dia 3, a gerência não liberou os ônibus e o pessoal teve que ir embora de transporte urbano, táxi ou carona.

Cárcere privado

Com o início da greve à meia-noite, alguns dos trabalhadores que entraram nos turnos das 7h30 e 15h30 de ontem (16.10) não foram liberados pela empresa. Eles continuam em seus postos de operação, na Replan e Recap, há mais de 16 horas.

O sindicato considera essa situação inconcebível e, no início da tarde de hoje, encaminhou pedidos de habeas corpus para a Vara de Trabalho de Paulínia e o Fórum Trabalhista de Mauá para que garantir a saída dos trabalhadores. “Isso é cárcere privado e vamos fazer o que for necessário para tirar os trabalhadores de lá”, avisa o coordenador do Sindipetro-SP, Itamar Sanches.

Nacional

A greve nacional é realizada em todas as refinarias, terminais, plataformas, campos de produção e demais unidades operacionais das bases da Federação única dos Petroleiros (FUP), e não tem previsão para terminar.

As principais reivindicações da categoria são o cancelamento do leilão de Libra, programado para segunda-feira (21.10), avanços na campanha reivindicatória e a retirada de votação do Projeto de Lei 4330, que regulamenta a terceirização.