Ato reúne, na Bahia, cerca de três mil pessoas em defesa da Petrobrás e do Brasil

“Essa luta é nossa, a Petrobrás é do povo, estamos nas ruas defendendo ela de novo” Este refrão foi entoado na sexta-feira, 13, durante toda a manhã, por milhares de pessoas- cerca de três mil- que participaram do Ato em Defesa da Petrobrás e do Brasil; por uma Constituinte para Reforma Política”, em frente ao prédio da estatal, no bairro do Itaigara e na BR 324, na localidade de Menino de Jesus. A mobilização, que ocorreu em todo o país, foi organizada pelos movimentos sociais e populares, centrais sindicais e sindicatos.

Durante o ato do dia 13/03, os manifestantes ressaltaram a importância de se defender a empresa, um símbolo nacional, investigar e punir corruptos e corruptores, mas nunca confundir a Petrobrás com a corrupção. O tom dos discursos de dirigentes sindicais, movimentos sociais e populares, deputados federais, estaduais e vereadores foi o de consolidar as conquistas dos últimos 12 anos e avançar nos direitos dos trabalhadores, jamais permitir retrocesso no país, como vem pregando a direita incentivada pela mídia golpista com o objetivo claro de dar fim ao projeto político que tirou milhões da pobreza no Brasil.

Há também o consenso de que em hipótese alguma o povo brasileiro aceitará o terceiro turno, que a direita e a mídia golpista estão querendo implantar no Brasil, desrespeitando a Constituição e a vontade do povo brasileiro que elegeu nas urnas a presidente Dilma. Para o secretário nacional da juventude da CUT, Alfredo Santos, é preciso “defender a democracia, se posicionar contra os ataques direcionados à presidenta, mas compreender que é importante também disputar os rumos do governo para que ele não se torne refém da própria base aliada”. 

Os dirigentes dos movimentos “Consulta Popular” e “Levante da Juventude” defenderam a tese da Constituinte para a reforma política como uma necessidade urgente no país, porque o atual Congresso não representa os legítimos interesses da classe trabalhadora, assim como o fim do financiamento privado nas eleições. O presidente da CUT Bahia conclamou a todos a ocupar as ruas das cidades e fazer “o dever de casa contra o ataque da política neoliberal”. Para ele é preciso estar muito atento porque “não queremos que o Brasil retroceda, queremos o país avançando e crescendo”, afirma. O petroleiro e deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) reconhece que o Brasil ainda tem muitos problemas e que é preciso avançar, “mas o importante é que vivemos em um país democrático e é inadmissível que uma emissora de TV faça coro na defesa de um projeto da mesma forma que fez em 1964 ao apoiar a ditadura militar”, lamenta.

O ex presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, afirmou que a estatal não é uma empresa corrupta, “não se pode confundir o comportamento individual de algumas pessoas com a empresa”. Ele chama a atenção para o que está acontecendo no país, que é “a tentativa de confundir, de usar a legítima luta contra os corruptos e corruptores para enfraquecer a Petrobrás”. Segundo Gabrielli o ataque é também direcionado ao modelo de crescimento implantado pelo governo democrático de esquerda. Para o diretor da FUP e Sindipetro Bahia, Paulo César Martin,“os petroleiros devem ter orgulho de vestir a camisa da Petrobrás, a empresa que mais investe no Brasil e que é responsável por 13% do PIB nacional”. Ele fez questão de afirmar que “estamos lutando contra a tentativa de golpe, mas também contra as medidas provisórias que reduzem os direitos dos trabalhadores”. Segundo ele “a presidente Dilma deve ouvir e apoiar mais suas bases”.

O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, agradeceu às centrais, movimentos sindicais e sociais e aos trabalhadores da Petrobrás pela grande participação no Ato e elogiou a consciência que todos estão tendo da necessidade de travar uma grande luta em defesa da estatal. Ele criticou a grande mídia que “vem agindo de forma irresponsável e “sangrando” a Petrobrás diariamente em seus noticiários com a clara intenção de facilitar a privatização desta grande empresa”. Deyvid encerrou o Ato afirmando que os movimentos sociais e sindicais não fugirão á luta, “se a direita quiser lutar, nós lutaremos para defender a Petrobrás, a democracia e o direito sagrado do povo brasileiro de eleger seus governantes”.  

 

FONTE- Imprensa Sindipetro Bahia