Gerência retrocede e reterceiriza postos de trabalho nas plataformas do Rio Grande do Norte

Sindipetro-RN

Nas plataformas marítimas do Rio Grande do Norte, a responsabilidade pelo andamento dos contratos e pelo acompanhamento da prestação de serviços realizados por diversas empresas na área de serviços gerais está engatando marcha à ré. É que, depois de terem sido primeirizados, os postos de trabalho destinados à fiscalização estão retornando às mãos de trabalhadores terceirizados.

A justificativa da gerência para a conduta em ziguezague não convence. A primeirização havia sido implantada como forma de dar agilidade à solução de diversos problemas relacionados à falta de autonomia dos fiscais, e, de fato, revelou-se uma medida acertada. Agora, porém, sob o argumento da redução de custos (Procop), retorna-se à situação anterior, em que empregados de empresas terceirizadas “fiscalizarão” outras empresas contratadas.

Custos – A política de redução de custos a qualquer custo já é bem conhecida dos trabalhadores petroleiros. Especialmente, daqueles que conseguiram sobreviver à era neoliberal. Substituem-se trabalhadores próprios por terceirizados, com salários menores, para responderem por atividades essenciais ao desempenho da Companhia. Mas o resultado termina sendo o barato que sai caro.

Isto, porque, se a terceirização já contribui para a precarização do trabalho, a terceirização da relação da Petrobrás com empresas privadas é ainda pior. Entre outros danos, ela burocratiza os processos de acompanhamento e controle, criando um ambiente favorável ao rebaixamento da qualidade da prestação de serviços; à fraude, inclusive de direitos trabalhistas; e, em muitos casos, ao comprometimento da segurança.