Conquista: trabalhadoras da Rlam inauguram sala de amamentação

As trabalhadoras da Rlam estão comemorando uma nova e importante conquista: a inauguração da sala de amamentação. A instalação de salas como esta em todas as unidades da Petrobrás é uma das grandes vitórias do Coletivo Nacional de Mulheres Petroleiras da FUP, que faz parte de um parágrafo específico sobre gestação e amamentação no Acordo Coletivo de Trabalho 2013/2015, cláusula 138º, sobre Políticas de Saúde, e diz o seguinte: “A Companhia garante à trabalhadora grávida ou que esteja amamentando que o trabalho seja exercido em áreas fora de risco relacionado à gravidez ou aleitamento, sem prejuízo dos seus adicionais e/ou condições de trabalho”.

A diretora do Setor de Gênero, Raça e Etnia do Sindipetro Bahia, explica que “as salas de apoio à amamentação são espaços dentro da empresa em que a mulher, com muito conforto, privacidade e segurança, podem esvaziar as mamas, armazenando o leite em frascos previamente esterilizados para, em outro momento, oferecê-lo ao seu filho. Esse leite é mantido em freezer a uma temperatura controlada até o fim do dia.”

Por se tratar de uma cláusula nova, diz Rosângela, muitas dúvidas ainda estão no ar, por exemplo, como serão estabelecidos o tempo e a comprovação da amamentação? Uma opção seria apresentar um atestado do pediatra periodicamente, já que até os 24 meses, a mãe deve levar a criança à consulta mensal. Ela explica que “diante desta demanda abriu-se também o debate sobre a ausência de salas de apoio a amamentação dentro da Petrobrás, tema que já vinha sendo abordado como ação no Programa de Pro Equidade de Gênero e Raça recebida pela Companhia”. A nota técnica conjunta nº 01/2010 entre ANVISA e Ministério da Saúde trata sobre salas de apoio à amamentação em empresas.

Rosângela festeja a conquista que, segundo ela, nem precisa de muito investimento. “A sala não exige uma estrutura complexa. Por isso, sua implantação e manutenção são de baixo custo. Além disso, todos são beneficiados: mães, bebês, e empresas. A Trabalhadora falta menos ao trabalho porque seu filho adoece menos, podendo retirar o leite e continuar amamentando. O bebê continua recebendo o leite que possui anticorpos que previnem doenças, e por outro lado, as empresas demonstram apreço às suas funcionárias”.

Ela chama a atenção também para o fato de que “a exposição a agentes químicos tem sido frequentemente debatida nos fóruns de saúde dos trabalhadores e, com muita força, no caso de trabalhadoras gestantes, visto que a exposição aos hidrocarbonetos durante a gravidez é extremamente prejudicial ao bebê. Outro apontamento realizado nestes fóruns é o impacto do trabalho em turno de revezamento sobre a saúde das trabalhadoras gestantes. O organismo da gestante dispensa grande parte de sua energia para desenvolver uma nova vida, isso exige ciclos de sono completos e regulares, o que é inviável para a trabalhadora em turno”.

Fonte: Sindipetro BA