Sindipetro Bahia promove lançamento do livro de Paulo Henrique Amorim, em Salvador

O Sindipetro Bahia promoveu, em Salvador o lançamento do livro O QUARTO PODER – UMA OUTRA HISTÓRIA, do jornalista Paulo Henrique Amorim. O evento aconteceu no Auditório da Faculdade de Arquitetura da UFBA. 

O jornal Diálogo em entrevista exclusiva mostra a opinião do jornalista sobre os fatos que estão na ordem do dia no Brasil e o futuro da Petrobrás. 

 

Diálogo | Qual foi a sua motivação ao escrever O QUARTO PODER – UMA OUTRA HISTÓRIA ?

Paulo Henrique Amorim | Foi contar a história da construção e desenvolvimento da televisão comercial no Brasil. Depois, com a reunião de registros de minha carreira de repórter, precisei aplicar esses documentos ao texto original e contextualizá-los. Dai, nasceu o livro: minha visão de repórter diante de fatos históricos – da televisão e do Brasil.

Diálogo | Polarização, maniqueísmo, “patriotas” versus “comunistas”. Como você analisa o atual quadro político no Brasil? 

PHA | O atual momento se resume ao desespero dos perdedores da eleição de 2014. Eles se valem do Juiz Moro, da Globo e de uma parte do Judiciário federal para tentar um impeachment sem crime. 

Diálogo | Na sua opinião,  qual o papel político do ex-presidente Lula no Governo Dilma? 

PHA | Lula será o negociador politico para evitar o impeachment e, vencida essa fase, vai reorientar a politica econômica, e dirigi-la ao crescimento e à distribuição de renda. 

Diálogo | Caetano Veloso deu uma declaração afirmando estar “desconfiado” quanto às motivações da manifestação do último dia 13 de março. O artista ainda afirmou que o cenário político atual lembra “o que levou ao golpe de 1964”. O senhor concorda?

PHA | Não costumo prestar atenção às opiniões politicas do Caetano. Elas variam tanto, que posso me desnortear… Se, de fato, pensou isso, é como redescobrir a pólvora!

Diálogo | Muita gente está reclamando dos vazamentos seletivos, a começar pela presidenta Dilma. A PF e Moro jogam solto com a Rede Globo. Porque isso acontece e ninguém toma providência? Saiu o Zé Cardoso e continuou igual.

PHA | Os vazamentos são criminosos. São selecionados, a dedo, para ferrar a Dilma, o Lula e o PT. Quando aparece um tucano nas delações, isso não vem ao caso. O Juiz Moro poderá pagar muito caro por isso, pois entregou à Globo um grampo com a Presidenta da Republica ! É uma agressão à Segurança Nacional! E isso dá cadeia. O que mais terá ele grampeado da Presidenta?  E a quem mais terá vazado?  O ministro zé da Justiça acoelhou-se, deixou a maré encher, não peitou o Moro e muito menos dirigiu a Policia Federal, sob sua responsabilidade. Policia sem chefe só nas ditaduras. Quem não tinha chefe era o delegado Fleury, que saía por aí a matar gente, sem dar satisfação a chefe nenhum! Tenho a esperança de que o Ministro Eugênio Aragão volte a dar dignidade e relevância ao cargo de Ministro da Justiça.

Diálogo | Na sua opinião, qual será o destino da Petrobrás. Ser privatizada?

PHA | Não. Ao fim e ao cabo, a Petrobras no Governo Dilma – que dura ate o dia 1o. de janeiro de 2019, quando será sucedida pelo Lula ou quem ele apoiar – continuará propriedade do povo brasileiro.