Ato no Edisp defende Petrobrás e questiona GG

Desde as primeiras horas da manhã da sexta-feira, 24, dirigentes do Unificado e militantes de diversos movimentos sociais ocuparam a portaria principal do Edisp – sede da Petrobrás na Avenida Paulista – para defender a empresa e os empregos.

Os sindicalistas questionaram a indicação de Nelson Silva como homem de confiança de Pedro Parente. Contratado como “consultor sênior”, Nelson Silva é ex-presidente do BG Grupo, que foi incorporado pela Shell como parte da estratégica da multinacional para aumentar sua presença na exploração do pré-sal. Ele será responsável por “concretizar as metas de gestão traçadas pelo Conselho de Administração, atuando diretamente sobre a execução do planejamento interno e a reparação de eventuais desvios”. Isso é que se chama dormir de conchinha com o inimigo.

O ato cobrou, também, explicações da gerência local sobre a política de transferência e desmonte da estrutura operacional no prédio do Edisp. Com essa onda de reestruturação, algumas aéreas como Financeiro e Contabilidade já foram enxugadas. Paira sobre a TI e sobre a Tecom a ameaça constante de privatização. O Compartilhado foi fragmentado, o que facilitada levar cada atividade para outro lugar. Está ameaça já foi explicitada pelo novo GG na última sexta quando deixou claro que não tem mais atividade para esse setor e orientou que os próprios que tiverem outro lugar para ir já devem tentar conseguir vaga para a transferência e que os terceirizados vão rodar. “Queremos explicações da Gerência para que os trabalhadores se orientem e possam planejar suas vidas”, explicou a coordenadora do Unificado, Cibele Vieira.

O ato dentro do edifício sede da Petrobrás foi sucedido por outro, do lado de fora, coordenado pela Frente Brasil Popular, que distribuiu um material específico sobre a nomeação de Pedro Parente, a contratação de Nelson Silva e a defesa do pré-sal.

Representantes da CUT, CTB, Intersindical, UEE (União Estadual dos Estudantes), CMP (Central de Movimentos Populares), MAB (Movimento dos Atingidos por Barragem) e MST (Trabalhadores Sem Terra) entre outros movimentos, ocuparam o caminhão de som instalado na calçada da Avenida Paulista para conversar com a população sobre a importância de se defender a Petrobrás e o pré-sal. Itamar Sanches, do Unificado e da CNQ (Confederação Nacional do Ramo Químico), lembrou das diversas batalhas que as entidades já travaram, condenou o governo golpista Temer, mas criticou, também, o governo da presidente Dilma. “Não queremos o golpista Temer, mas sabemos que governo da presidente Dilma também errou ao fazer acordos com a oposição sobre o pré-sal e nós questionamos isso”, afirmou. 

Serra, Temer e Pedro Parente foram os mais lembrados e vaiados durante o ato, que transcorreu até por volta das 12 horas e contou com a participação de cerca de 300 pessoas e forte aparato policial.   

Fonte: Sindipetro Unificado SP