Petroleiros seguem para Brasília, na resistência contra o PL 4567

Diretores do Sindipetro-NF e militantes de base seguem hoje para Brasília para participar, amanhã, às 9h, da Comissão Geral da Câmara dos Deputados, formada pelo plenário da casa legislativa, que vai discutir o projeto que retira da Petrobrás a obrigatoriedade de ter participação mínima de 30% da exploração dos poços do pré-sal.

A proposta tem origem em projeto do senador José Serra e já foi aprovada no Senado (PL 4567/16). O texto troca a obrigatoriedade por uma “preferência”. Para o Sindipetro-NF, a FUP e demais sindicatos petroleiros, trata-se, na prática, de entregar o pré-sal às multinacionais.

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, anunciou que a proposta deve ser votada, em breve, no Plenário da Casa, logo após os deputados votarem a renegociação das dívidas dos estados (PLP 257/16).

“Vamos, mais uma vez, fazer o trabalho de esclarecer os deputados sobre o que está em jogo na disputa pelo pré-sal. Sabemos que muitos têm posição definida, mas outros ainda podem mudar as suas posições. Temos também que agir contra o tempo, pois muitos deputados querem entregar o pré-sal antes da votação do golpe”, afirma Tezeu Bezerra, coordenador de Comunicação do Sindipetro-NF, referindo-se à votação do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Senado.

A comissão geral sobre a Petrobrás e o pré-sal foi proposta pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP), que é contra o projeto. “Nós estaremos definindo o futuro da nossa maior riqueza pelos próximos 20 ou 30 anos. Se a Petrobrás deixar de ser a operadora única na área do pré-sal, nós estaremos abrindo essa jazida, que é das mais ricas do mundo, para as empresas multinacionais explorarem o nosso petróleo e levarem os seus lucros e todos os seus recursos para outros países”, avalia.

Além de Bezerra, estarão em Brasília os diretores do NF Marcos Breda, Rafael Crespo, Valdick Oliveira, Cláudio Nunes e Antônio Alves da Silva. Também participam da atividade o professor Fabiano de Melo Emmerick e os petroleiros Gustavo Morete e Gilvan Freire Cunha.

Fonte: Sindipetro-NF