Manifesto dos petroleiros de Cabiúnas cobra luta pela incorporação

Petroleiros da Unidade de Tratamento de Gás de Cabiúnas (UTG-CAB), da Transpetro, em Macaé, enviaram manifesto ao Sindipetro-NF para cobrar da entidade a reafirmação da luta pela incorporação à Petrobrás.

Confira aqui a íntegra do documento da categoria. Abaixo, veja resposta da diretoria do sindicato aos trabalhadores:

Resposta da Diretoria do NF ao manifesto dos trabalhadores UTG-CAB

Em nome da diretoria do sindicato, cumprimento todos os companheiros e companheiras que enviaram essa carta manifesto a essa instituição no intuito de parabenizar todos os envolvidos na confecção do documento, pois nessa conjuntura atual, a união e a mobilização são características cruciais para a classe trabalhadora resistir aos muitos ataques promovidos pela elite político-econômica do país.

Escutamos as críticas de forma democrática e, com o mesmo sentimento, respondemos as indagações que foram colocadas no texto entregue ao sindicato. 
Entendemos o sentimento de insatisfação dos petroleiros e petroleiras da Transpetro do UTG-CAB, afinal, como vocês mesmo diagnosticaram no manifesto estamos convivendo numa atmosfera muito adversa para todos empregados do Sistema Petrobrás, próprios e terceirizados, e respeitamos o fato da crítica ser também direcionada a diretoria.

A incorporação dos trabalhadores empregados Transpetro lotados no UTG-CAB foi tratado pela diretoria do sindicato sempre com muita responsabilidade e interesse. Tanto é assim que em duas reuniões, uma delas com a participação direta de trabalhadores da base, ficou clara a cobrança dessa diretoria junto a gestão da Petrobras e da Transpetro visando a solução para esta questão. A outra reunião, não por acaso, aconteceu com o Diretor de Gás e Energia Hugo Repsol, o mesmo que está negando cumprir compromisso assumido com o Sindiquímica Paraná. O parecer do Jurídico do sindicato foi entregue a ele com promessa de análise que nunca foi de fato cumprida (parece ser prática dele não cumprir sua palavra). Daquele momento para cá um duro golpe fez com que os ataques aos petroleiros se intensificassem ainda mais e será necessário energia de todos na tentativa de reverter a atual sanha por reduzir direitos dos trabalhadores.

Ressaltamos que os problemas com petroleiros e petroleiras são inúmeros e envolvem muitos empregados. Gostaríamos muito de poder explicar, de uma só vez, todas as nossas estratégias para enfrentá-los. Todavia, em prol de lograr êxito contra as investidas assediadoras da companhia temos que, muitas vezes, manter nossos métodos desconhecidos aos gestores, pois a política opressora de retirada de direitos é muito dinâmica e a empresa se prepara o tempo todo para novas investidas quando conhecem os planos dos trabalhadores.

Sendo assim, destacamos que as questões são sim tratadas em pautas locais, internas e externas a empresa, no sentido de encaminhar soluções para esta injustiça. Para tanto, é muito importante que a base e o sindicato estabeleçam suas estratégias em ambiente seguro e por isso reiteramos o convite de realizar uma setorial unificada com os trabalhadores do UTG-CAB e convidamos a todos interessados na questão que motivou essa carta para essa setorial na sede do sindicato (o sindicato vai reagendar a setorial unificada que ocorreria no dia 10 de maio de 2016) onde teremos a possibilidade de, sigilosamente, mostrar a todos e todas as análises e caminhos da entidade neste caso.

Por fim, frisamos que nossas atuações são sempre no intuito de dar força política às entidades dos trabalhadores, que ao longo de décadas construíram essa empresa de maneira a fazê-la exemplo e orgulho nacional. Erramos e acertamos, mas nunca deixamos de fazer a luta de maneira coerente e responsável.

Forte abraço,
Marcos Breda
Coordenador Geral do Sindipetro-NF