Sindicato participa de audiência hoje para denunciar privatizações e saída da Petrobrás do RN

A Diretoria Colegiada do SINDIPETRO-RN participa, nesta quarta-feira, 30, de Audiência Pública promovida pela Assembleia Legislativa do Estado para discutir o tema “Exploração Terrestre de Petróleo na Bacia Potiguar”. Promovido por iniciativa do mandato da deputada estadual Larissa Rosado (PSB), o evento será realizado às 14 horas, no auditório Cortez Pereira, naquela Casa Legislativa, sendo aberto a todos os interessados.

Na última segunda-feira, 28, a Petrobrás informou a retomada do processo de alienação de 50 campos terrestres, sendo 34 no Rio Grande do Norte, aglutinados no Polo denominado “Riacho da Forquilha”.  As concessões postas à venda estão situadas a cerca de 40 Km ao sul da cidade de Mossoró, localizadas em diversos municípios da região Oeste.

A produção média de petróleo e gás natural desses campos, verificada entre janeiro e dezembro de 2016, segundo o “teaser” divulgado pela Petrobrás, foi de 10.836 barris de óleo equivalente por dia (boed). O volume representa 19,32% da produção diária média do Estado, extraída em terra e mar, no mês de junho de 2017.

Desde de 2010, o SINDIPETRO-RN vem alertando a sociedade norte-rio-grandense para os efeitos de uma combinação explosiva: retração de investimentos em exploração e produção agravada pelo declínio natural da produção nos campos existentes. Entre junho de 2014 e junho de 2017, de acordo com dados da ANP, a produção local sofreu uma queda de 19,28%. Somente nos últimos 12 meses, entretanto, esse declínio chegou a 9,78%.

A saída da Petrobrás das atividades de exploração e produção acarretará redução de investimentos no setor, diminuição da produção, queda na arrecadação de royalties e impostos devidos a Estado e municípios, riscos à segurança e ao meio-ambiente, perda da possibilidade de parcerias em projetos sociais e culturais, precarização do trabalho e mais desemprego. Fechar os olhos a essas ameaças significa condenar a população potiguar ao agravamento de suas condições de vida.

Fonte: Sindipetro-RN