Petroleiros fazem ato na Regap contra política de preços da Petrobrás

28-de-maio

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Mobilizados contra a venda Petrobrás e pela mudança na política de preços dos combustíveis no Brasil, os petroleiros da Refinaria Gabriel Passos (Regap) e da Termelétrica Aureliano Chaves fizeram um grande ato na manhã desta segunda-feira (28) na portaria da Regap, em Betim (MG).

A categoria está realizando paralisações desde a semana passada denunciando a responsabilidade do governo de Michel Temer e da política de preços adotada por Pedro Parente na Petrobrás no aumento dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha no Brasil.

Também estão ocorrendo atos e paralisações em todo o País. Além disso, a categoria petroleira já havia aprovado uma greve no início do mês e realizará uma paralisação de 72 horas a partir da próxima quarta-feira (30).

A mobilização dos petroleiros teve início quando a direção da Petrobrás anunciou a venda das refinarias Abreu e Lima (RNEST), em Pernambuco; Landulpho Alves (RLAM), na Bahia; Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, e Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná.

O anúncio de mais essa privatização está diretamente ligado ao aumento dos preços dos combustíveis no País. Isso porque, ao indexar o mercado brasileiro ao preço do barril de petróleo, a Petrobrás torna suas refinarias mais atrativas aos olhos de investidores estrangeiros.

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Além disso, a política de preços da Petrobrás sob regulação do governo federal permite que o Executivo baixe o preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha para atender as necessidades do povo brasileiro – o que muitas vezes inviabiliza o interesse de empresas estrangeiras cuja única preocupação é a geração de lucros.

“Hoje, nós temos capacidade de produzir 2,4 bilhões de barris de petróleo por dia, o que supre toda a demanda interna por combustíveis que e de 2,2 bilhões por dia. No entanto, a atual direção da Petrobrás, ao atrelar o preço dos combustíveis ao barril de petróleo, reduziu a produção das refinarias para 68% de sua capacidade máxima e entregou parte do mercado interno para empresas estrangeiras. Com isso, o Brasil hoje importa cerca de 600 milhões de barris de petróleo refinado por dia a um custo mais alto, enquanto as refinarias da Petrobrás operam com carga baixa”, denuncia o coordenador do Sindipetro/MG, Anselmo Braga.

Apoio

A manifestação também teve participação do deputado estadual Rogério Correia (PT); da presidente da CUT Minas, Beatriz Cerqueira; do secretario geral da CUT Minas, Jairo Nogueira Filho; do presidente da Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), Marcelino Rocha; além de representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro-MG), do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas (SindUTE-MG) e de diversos outros movimentos sociais.

[Via Sindipetro-MG]