Mobilizados contra preços abusivos do gás e combustíveis, petroleiros exigem demissão de Pedro Parente

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Foto: Deivson Mendes

Trabalhadores e trabalhadoras da indústria do petróleo estão mobilizados em todo o Rio Grande do Norte contra os preços abusivos do gás de cozinha e dos combustíveis; pela retomada da produção nas refinarias brasileiras e pelo fim das importações de derivados de petróleo.

As paralisações e protestos tiveram início à zero hora desta quarta-feira, 30, em todas as principais bases administrativas e operacionais da Petrobrás no RN, e reforçam a greve nacional de advertência programada para se estender até a meia-noite da próxima sexta-feira, 1º/06.

Com o movimento, a categoria petroleira brasileira também se posiciona claramente contra o desmonte e a privatização do Sistema Petrobras e pela saída de Pedro Parente do comando da companhia.

No RN

Em Natal, no início da manhã, trabalhadores da sede administrativa da Petrobrás promoveram um ato público em frente ao portão principal de entrada da unidade. A manifestação, seguida de assembleia, contou com a participação de representantes de diversas entidades sindicais e populares.

Indignados, os presentes repudiaram decisão do Tribunal Superior do Trabalho – TST. Segundo diversos veículos da mídia, o Tribunal declarou a greve como ilegal e estipulou multa diária aos sindicatos no valor de R$ 500 mil, em caso de paralisação das atividades.

Como deliberação, os trabalhadores decidiram aprovar a convocação de Assembleia Geral em caráter permanente, manter o Estado de Greve e indicar às federações e centrais sindicais a necessidade de preparação de uma greve geral da classe trabalhadora.

Em Mossoró, a mobilização teve início às 5h, com ato público na BR-110, nas proximidades da Estação Coletora do Campo de Canto do Amaro. Houve paralisação de transportes e abordagem direta de motoristas e passageiros que trafegavam pela rodovia, explicando as razões do movimento.

Cerca de 300 trabalhadores próprios e terceirizados participaram da manifestação pacífica, que recebeu apoio popular, e se estendeu até às 12h00. Além dos petroleiros, o ato também contou com a presença de trabalhadores de outras categorias profissionais e de representantes de movimentos sociais.

Nas bases de Alto do Rodrigues, a mobilização foi iniciada às 8h00 com a realização de uma assembleia onde foram enfatizados os motivos da greve e a necessidade de fortalecimento do movimento.

Os trabalhadores presentes deliberaram por manterem-se em Estado de Greve em Assembleia Permanente e por ficarem concentrados em frente à sede administrativa da Petrobrás (S-7), até o horário do almoço.

A concentração contou com cerca de 250 trabalhadores próprios e terceirizados, dentre os quais, trabalhadores e trabalhadoras da Usina Termelétrica Jesus Soares Pereira (UTE-JSP), que permaneceram no local até às 12h00.

No Ativo Industrial de Guamaré, onde foi realizada uma assembleia com cerca de 200 participantes, entre Petrobrás e terceirizados, os trabalhadores aprovaram a suspensão da emissão de PTs, até o fim do dia.

Os trabalhadores terceirizados retornaram para as suas residências e a base deverá realizar uma nova assembleia, no fim da tarde, para fazer uma análise do andamento da mobilização.

Já, nas plataformas marítimas, em assembleia virtual, trabalhadores da PUb-02 e PUb-03 também decidiram manter o Estado de Greve e permanecer em Assembleia Permanente, aguardando novas orientações do Sindicato e da FUP.

O que querem os petroleiros:

  • Redução dos preços do gás de cozinha e dos combustíveis
  • Manutenção dos empregos e retomada da produção das refinarias a plena carga
  • Fim das importações de derivados de petróleo
  • Não às privatizações e ao desmonte do Sistema Petrobrás
  • Saída de Pedro Parente do comando da Petrobrás

Observação: até a publicação desta matéria, o SINDIPETRO-RN não havia recebido nenhuma notificação da Justiça do Trabalho sobre a greve.

[Via Sindipetro-RN]