A solução dos gerentes da Repar para todos os problemas: põe no ARO

Respostas padrão dos gestores para qualquer eventualidade é realizar a Análise de Risco Operacional (ARO).


As relações entre o Sindicato e os gestores locais da Repar nunca estiveram tão ruins. As denúncias que chegam ao Sindipetro sobre situações de emergência e insegurança nas áreas são encaminhadas à gestão para esclarecimentos e soluções nas mesas de negociação de pauta local. Porém, de 2017 para cá, o que se percebe é o pouco caso com que tratam as demandas.

Os gerentes inclusive adotaram uma resposta padrão para todo e qualquer tipo de problema: fizemos a ARO. Como se a realização da Análise de Risco Operacional fosse a solução universal para tudo. Muito pelo contrário, com essa postura eles empurram para debaixo do tapete as situações de emergência ao invés de realizar as intervenções corretivas. Uma falta de respeito com a vida dos trabalhadores.

Ao utilizar AROs como salvaguarda, os gestores banalizam as questões de segurança operacional e expõem o quanto são incapazes em resolver problemas cotidianos. A obrigatoriedade dos empregados em dar ciência às AROs digitais tem o objetivo de tirar a responsabilidade dos gestores e abrir precedentes para aplicação do regime de consequências, caso alguma ocorrência anormal se concretize no cenário coberto pela respectiva ARO.

A política de SMS da empresa virou um sistema burocrático. Enquanto os gestores se preocupam com papéis, cerquites e botões do uniforme, os trabalhadores estão a mercê da sorte.

Veja alguns exemplos de problemas no qual a solução foi a ARO:

– Contaminação do sistema de água de resfriamento da refinaria por hidrocarbonetos e benzeno, o qual expunha os trabalhadores ao adoecimento ocupacional.

– Tubos furados no permutador da unidade de DEA da HRC, gerando a contaminação do sistema de água de resfriamento da refinaria.

– Furos e vazamentos no sistema de topo da T-2103 devido à corrosão, expondo os trabalhadores à contaminação por benzeno.

 – Vazamento pelo selo das bombas de nafta pesada na U-2100, expondo os trabalhadores ao benzeno.

 O que se percebeu até agora é que o ARO dos gerentes não adiantou de nada. O Sindicato busca mapear a quantidade de análises de risco vigentes na Refinaria. Quantas estão abertas no teu setor? Encaminhe a resposta para o e-mail [email protected].

[Via Sindipetro-PR/SC]