Rlam já tem trabalhadores em cárcere privado

 

A greve dos petroleiros entra no sexto dia com a adesão de 50 unidades do Sistema Petrobrás em todo o Brasil, o que significa que cerca de 17 mil petroleiros estão de braços cruzados em 12 estados do país.

Na Bahia, a greve se fortalece a cada dia, ganhando a adesão de trabalhadores próprios  do adm e  do turno e também dos terceirizados.

Na Refinaria Landulpho Alves, com o corte de rendição, os operadores não entraram para trabalhar, retornando para as suas residências. Muitos daqueles que já estavam na unidade estão pedindo para sair, pois não se sentem mais em condições de continuar trabalhando.

A não permissão da saída desses trabalhadores configura cárcere privado, o que é ilegal e pode trazer sérias consequências para a segurança do operador e da própria unidade. A gerência da RLAM está correndo esse risco e deve arcar com as consequências jurídicas em caso de acidente.

Para aqueles trabalhadores que já  cumpriram sua jornada de trabalho, a orientação do Sindipetro Bahia é que preencha o modelo de solicitação para saída da refinaria, entregue ao seu gerente e envie cópia para  [email protected].

No Temadre também houve corte de rendição. Já nas unidades da UO-BA, como Araças, Santiago, Buracica, Bálsamo, Candeias, Miranga e Taquipe,  os trabalhadores têm participado de atividades com a diretoria do Sindipetro, retornando, em seguida, para as suas casas.

Em Taquipe, foi realizada outra grande mobilização na manhã dessa quinta-feira (06). Como vem acontecendo desde o inicio da greve, somente gerentes, equipe médica, segurança industrial, patrimonial e equipe ambiental, entraram para trabalhar após negociação com o sindicato.

Na PBIO, a adesão à greve é de 100%, desde a segunda-feira (03). Os trabalhadores da manutenção, laboratório e adm estão de braços cruzados. Na fábrica de Biodiesel, a produção está quase parando devido ao movimento paredista.

A greve dos petroleiros é contra o descumprindo do Acordo Coletivo de Trabalho e pela suspensão imediata do programa de demissões de 1.000 trabalhadores na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), em Araucária, região metropolitana de Curitiba, que segundo comunicado pela Petrobrás, será iniciado em 14 de fevereiro. As demissões ferem a cláusula 26 do ACT, que determina que qualquer demissão em massa deve ser discutida previamente com os sindicatos, o que não ocorreu.

Mas esse não é um caso isolado de descumprimento de acordo. A direção da Petrobrás vem, reiteradamente, atropelando as legislações e o próprio processo de negociação, impondo decisões unilaterais, à revelia dos sindicatos e da vontade dos trabalhadores” revela a Federação, citando como exemplos a tabela de turno, banco de horas, hora extra na troca de turno, relógio de ponto, interstício total, PLR, mudanças na Assistência Médica Supletiva (AMS), transferências arbitrárias de trabalhadores, demissões individuais e seletivas.

Clique aqui para acessar o  modelo de solicitação para saída da refinaria

[Via Sindipetro Bahia]