Setorial do Unificado SP cobra direitos para trabalhadores do Edicon

Com o recente anúncio de desmobilização de todo o Edifício Consolação, que deixará 135 funcionários sem escolhas em meio a pandemia, o Sindicato realizou setorial para discutir a garantia de direitos para esses trabalhadores

[Da imprensa do Sindipetro Unificado SP]

Sob a justificativa de cortes de gastos na Petrobrás, foi anunciada na última semana a desmobilização do Edifício Consolação (Edicon), na cidade de São Paulo, que coloca em jogo a vida de 135 petroleiros que precisarão ser remanejados para outras unidades da companhia ou aderir a algum programa de demissão voluntária.

Em setorial realizada pelo Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo (Unificado-SP), na última sexta-feira (26), a categoria levantou, pontos para o avanço na luta pela garantia de direitos dos trabalhadores recém desmobilizados e à mercê das decisões da estatal.

O documento oficial divulgado pela empresa anuncia que os petroleiros do Edicon serão transferidos para outras unidades da companhia até o dia 1º de julho deste ano. Contudo, o questionamento levantado na discussão com a categoria indaga sobre o prazo de 60 dias para aviso sobre a mudança do empregado, visto que, com as restrições impostas pela fase emergencial da pandemia, fica difícil a locomoção e a procura por moradias em novas cidades.

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Para lidar com o problema, a reivindicação dos trabalhadores é de que o prazo de 60 dias só comece a contar após a convocação da Petrobrás para realização das atividades presenciais.

“Se os trabalhadores estão em trabalho remoto integral, porque não é recomendável a circulação de pessoas, não é plausível impor a esses mesmos trabalhadores que se exponham procurando novas residências. Para viabilizar é possível manter essas pessoas em teletrabalho integral nesse período se for necessário”, argumentou a diretora do Sindipetro-SP, Cibele Vieira.  

Auxílio transferência, Mobiliza e acolhimento

Outro ponto levantado na discussão foi a diferença no valor do auxílio transferência – que é maior para os funcionários gratificados. O sindicato questiona a razão de tal conduta, visto que o custo pessoal e familiar da mudança não segue a lógica da vida individual de cada trabalhador e roga para que seja estabelecido um valor único para todos os petroleiros.

O Unificado-SP defende ainda priorizar os trabalhadores desmobilizados do edifício paulistano no Mobiliza – programa criado pela empresa para intermediar as transferências e facilitar a mobilidade dos funcionários para outras unidades do Sistema Petrobrás.

Já para quem necessitar buscar o serviço de acolhimento que é prestado pela Petrobrás para o remanejamento do trabalhador, o Unificado-SP orienta aos petroleiros que tenham problemas com as novas lotações e a necessidade de alguma adequação por conta da mudança, entrarem em contato com o diretor Tiago Franco Teixeira, pela plataforma do Teams, para que cada caso seja acompanhado individualmente.