Unidos, somos mais fortes


PELO QUINTO ANO SEGUIDO, BANCÁRIOS DO BB COLHEM FRUTOS DA UNIFICAÇÃO DA CATEGORIA

 

Com o fechamento da Campanha Nacional dos Bancários 2007, tem-se o momento propício para fazer um balanço dos avanços que o funcionalismo do Banco do Brasil vem conseguindo com a estratégia da campanha unificada com a categoria.

De 2003 a 2007, avançamos em boa parte dos direitos inerentes ao tema de ISONOMIA, tanto interna – entre bancários admitidos antes e depois de 1998, como também isonomia entre os bancários do BB e da Fenaban.

Antes da unidade com a categoria, passamos anos enfrentando congelamento salarial e sem termos acordo de Participação nos Lucros e Resultados – PLR. Ficávamos isolados em falsos debates orçamentários ou "legais" por parte do governo que dizia ser nosso salário e folha de pagamento muito altos e que a lei proibia isso e aquilo. O governo nos tratava da seguinte maneira: quando era algo bom para os bancários, não éramos bancários; quando era ruim, éramos bancários.

Após a opção dos bancários do BB de exigir o cumprimento do acordo da Fenaban, no XIV Congresso dos Funcionários do Banco do Brasil em 2003, passamos a recuperar direitos, aumentar nossa renda anual e conquistar direitos novos, assim como os demais colegas do sistema bancário que, fortalecidos com mais 150 mil bancários do BB, Caixa Federal, BNB e Basa, passaram a obter resultados melhores em índice, PLR e demais direitos.

Para exemplificar conquistas econômicas importantes, citamos o fim do congelamento salarial, pois nas últimas 5 campanhas unificadas obtivemos o reajuste de 42,07% frente a uma inflação de 41,92% (INPC) e 39,78% (ICV).

Para o funcionalismo do BB a mudança mais importante não é do índice em si e sim do efeito da campanha unificada. Nesse mesmo período, o piso (salário inicial) foi reajustado em 53,97%. Para os comissionados (maior grupamento, com cerca de 58 mil pessoas) o efeito da unidade foi maior ainda, pois até 2002 as comissões NUNCA eram reajustadas, como sempre foi nos demais bancos da Fenaban. Antes, além de haver poucas oportunidades de crescimento na carreira, muitos não tinham interesse nela porque as comissões não eram corrigidas. Com a unificação, todas as verbas passaram a ser reajustadas, inclusive o VR – Valor de Referência.

Outro item econômico que avançou bastante para o funcionalismo do BB foi a PLR, que ficou sem acordo de 1998 a 2002, pagando o quanto queria e para quem queria – deixava milhares sem receber e pagava alguns reais para o povão e 100 vezes mais para os gestores. Com a greve de 2003 e a unidade da categoria, fizemos o banco pagar para todos os bancários, com regras claras e distribuir em média 12% do Lucro Líquido (antes gastava no máximo 6,25%, limitado pela Dest). Hoje, nossa PLR é a melhor do sistema financeiro, pois além da regra básica, paga uma porcentagem do lucro linearmente. Agora, ela é referência e queremos estendê-la para CCT – Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.

Na questão de isonomia com os demais bancários do sistema, conseguimos igualar os direitos da cesta-alimentação (em 2002 era R$60 no BB e R$153 na Fenaban), vale-refeição e auxílio-creche, todos menores que a CCT. Em 2007, com a nova conquista da 13ª cesta-alimentação, os bancários do BB e Caixa, signatários da CCT, também passam a recebê-la.

Com o fortalecimento da luta pelas questões comuns a todos os bancários, passamos a concentrar nossos esforços permanentes nas questões específicas do BB, estratégia que vem conquistando bons resultados como avanços na Previ (solução da Parcela Previ, melhoria de benefícios e direitos dos associados), Cassi (pacote de reestruturação que contou com mais de R$300 milhões de aporte) e vários direitos sociais como direito a OLT – Organização no Local de Trabalho – e questões de isonomia de direitos.

A luta não acabou
Passado o momento da data-base, é hora de nossos sindicatos e bancários já se organizarem pelas questões específicas que ainda temos a conquistar, pois cada vez mais fica evidente que os bancários devem focar somente as questões gerais na Campanha Nacional como índice, PLR, luta contra assédio moral e metas abusivas e melhores condições de trabalho.

Entendemos que, a partir de 2008, a luta pelas questões específicas não deve ser concomitante com as questões gerais da categoria no segundo semestre, até porque o movimento sindical e os bancários devem estar organizados o ano todo e negociando nas mesas específicas banco a banco.

Segue abaixo, questões específicas do BB que propomos para o próximo período:

PCC/PCS
-pagamento da substituição e fim da lateralidade;
-aumento do interstício no PCS;
-incorporar o histórico funcional (padic) na carreira M.

ISONOMIA
-poder acumular e vender os 5 dias de abono;
-férias de 35 dias após 20 anos de empresa;
-18 dias de licença-prêmio a cada ano;
-volta do anuênio.

PREVI
-aumento do benefício mínimo;
-aumento no valor das pensões;
-volta da eleição do diretor de participações;
-abertura de financiamento da casa própria – CARIM – para os pós-98;
-fim do voto qualificado (de minerna).

CASSI
-melhoria do atendimento e implantação da ESF – Estratégia de Saúde da Família;
-implantação do plano odontológico;
-melhora nos exames periódicos obrigatórios pagos pelo banco, com a inclusão de todos os exames inerentes à idade e/ou fatores de risco laboral de cada funcionário.

CONDIÇÕES DE TRABALHO
-melhorar o direito à OLT, conseguindo a garantia de pelo menos 1(um) delegado sindical por dependência, independentemente do teto geral da base sindical (direito existente hoje na Caixa Federal);
-luta contra o assédio moral no BB;
-controle rigoroso da jornada de trabalho;
-aumento da dotação e lotação das agências e departamentos, adequando-se o quadro às reais necessidades de trabalho;
-fim da terceirização de serviços.

CRIAÇÃO DOS COMITÊS DE DEFESA DO BB ENQUANTO BANCO PÚBLICO E FORTALECIMENTO DE SEU PAPEL SOCIAL.