Menos juros, mais desenvolvimento!


De costas às necessidades do povo brasileiro, que cobra mais recursos para a saúde, habitação, educação, reforma agrária e urbana, o Banco Central, com o tucano Henrique Meirelles à frente, mantém sua política monetária de juros altos e elevado superávit primário. Assim, continua assaltando os cofres públicos para transferir gigantescos recursos da produção e do desenvolvimento nacional para o cassino da especulação. É uma lógica perversa, que atenta contra os interesses do País, pois cria um círculo vicioso de juros altos, aumento da dívida pública, juros altos, aumento da dívida…

Os gastos do governo federal no primeiro quadrimestre demonstram que já foram sangrados do Orçamento – e pagos em juros e encargos da dívida pública – nada menos do que R$ 44,441 bilhões, ou 29,12% dos R$ 152 bilhões previstos para os especuladores este ano. Os números comprovam que o gasto com juros em apenas quatro meses é imensamente superior a todos os investimentos previstos no Orçamento da União de 2008, que mal chegam a R$ 40 bilhões.

A irracionalidade desta lógica fiscalista de Meirelles é facilmente comprovada: embora sangre o País para manter em dia os pagamentos ao especuladores, os juros estratosféricos elevaram a dívida líquida do setor público para R$ 1.141,3 bilhões (41,2% do PIB) em março. Ou seja, quanto mais o País paga, mais deve.

Como bem demonstra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o caminho do desenvolvimento é outro. Passa pelo fortalecimento do papel indutor do Estado, pela garantia de contrapartidas sociais para os investimentos com recursos públicos, pela indução do crescimento com geração de emprego e distribuição de renda.

Em defesa do Brasil e do povo brasileiro, vamos às ruas no próximo dia 19 de junho, realizando em Brasília uma grande manifestação em frente ao Banco Central. Por menos juros e mais empregos; por uma reforma tributária que garanta justiça social; por uma reforma agrária que dê terra a quem nela mora e trabalha; por uma reforma urbana que garanta moradia digna à população de baixa renda e combata à especulação imobiliária; por uma reforma educacional, que amplie o financiamento público e amplie a democracia e qualidade do ensino; por uma reforma política que aprimore e fortaleça a participação popular, colocando o povo como protagonista da sua própria história; e da democratização dos meios de comunicação, que em nosso País têm cada vez mais confundido liberdade de imprensa com liberdade de empresa, manipulando, mentindo e criminalizando os movimentos sociais.

Juntos, derrotamos o neoliberalismo e começamos a construir um novo tempo. Agora, com a nossa unidade e mobilização, removeremos os obstáculos que impedem o pleno desenvolvimento das imensas potencialidades de um País rico, de um povo criativo, honesto e trabalhador, que merece e vai ser senhor de seu destino.

Vamos à luta e à vitória!