Mais uma carta aos “colaboradores”

Primeiramente, FORA TEMER.

Mais uma carta aos “colaboradores”, e a alta administração da Petrobrás já não consegue esconder o DNA do Estadão, da Veja e da Isto é, que adoram distorcer os fatos e buscam transformar mentiras em verdades.
A FUP não apresentou pauta solicitando 10% de ganho real. Ao contrário, se pautou única e simplesmente no acordado entre as partes: discutir cláusulas econômicas.

Quem está agindo diferente do que foi acordado no ACT de 2015 é a Petrobrás, que insiste em discutir redução de jornada, a qual, mesmo opcional, não é escopo da atual negociação e que mesmo assim foi levada às assembleias, que teve a presença muito significativa de gerentes e que mesmo assim foi amplamente rejeitada. Afirmar que uma pesquisa demonstra um número X de funcionários (as) simpáticos à ideia, é no mínimo desconhecer profundamente a categoria Petroleira, e querer desqualificar o movimento sindical.

Pesquisa agora tem poder mandatório? Levanta a mão aí quem quer reajuste da inflação e mais 5 % de ganho real. Quase 100%! A empresa vai pagar? Afinal, a Petrobrás, que diz passar por dificuldades financeiras, acaba de adiantar quase R$ 17 bi para pagamento de dívidas com BNDES e, como é muito transparente, nem noticiou isso como Fato Relevante.

Durante mais de 12 meses a alta administração da Petrobrás (que é a mesma da era Bendine, e sabe o que foi pactuado) enrolou o movimento sindical quanto ao pagamento do anuênio dos trabalhadores da Araucária Nitrogenados, e ainda assim quer outro cheque em branco?

“Aprovem e depois eu faço” é máxima desses gestores. E nós perguntamos: teria a atual gestão da Petrobrás crédito para tal pedido?

E ainda vêm falar em neutralidade da justiça com os Petroleiros, o que é, no mínimo, uma afronta. Conhecemos bem essa “neutralidade”, e as experiências nada agradáveis, desautorizam essa ingenuidade.

Por fim, cabe ressaltar que o país se encontra em uma crise profunda, com a economia paralisada propositalmente por aqueles que não aceitaram o resultado das urnas em 2014, e deram um golpe no voto popular. Quem está pagando o pato não é a FIESP e sim os trabalhadores (as), pois quem assaltou o poder só sabe governar destruindo o patrimônio público, arrochando salários e retirando direitos.

Qualquer semelhança com alta administração da Petrobrás não é mera coincidência.