FUP cobra da Petrobrás retorno das sondas com segurança para garantir empregos

Nesta quinta-feira, 01 de março, a FUP e o Sindipetro-BA se reuniram com o gerente executivo da Petrobrás, Nilo Duarte, responsável pelo setor de Terra e Águas Rasas da Diretoria de E&P, para discutir a situação das sondas, que estão paralisadas em todo o país, impactando cerca de 3.500 trabalhadores. Desde a morte do plataformista Marlon Lima Rosendo, vítima de acidente no dia 07 de fevereiro, no Ativo de Produção Norte, na UO-Bahia, a Petrobrás interrompeu a operação das 42 sondas que tem contratadas em todo o país.

Marlon era funcionário da Braserv, cujos serviços estão suspensos desde o acidente e, em função disso, seus 1.100 trabalhadores não receberam o salário de fevereiro. Situação semelhante vivem os trabalhadores das demais empresas que operam sondas para a Petrobrás e que também tiveram suas atividades paralisadas. Ou seja, cerca de 3.500 trabalhadores terceirizados estão com os seus empregos em risco, em função da decisão da Petrobrás.

A FUP manifestou sua preocupação com esta situação, alertando a gerência de Terra e Águas Rasas sobre os reflexos a suspensão das atividades de sonda têm para os trabalhadores e o próprio setor de produção terrestre. Os dirigentes sindicais reiteraram a importância de se reavaliar os procedimentos de segurança para garantir a integridade dos trabalhadores e cobrou esclarecimentos sobre a paralisação de todas as sondas há mais de 20 dias. A FUP frisou que a defesa da vida deve estar em primeiro lugar sempre, mas questionou a interrupção de uma atividade que é fundamental para o setor de produção de terrestre, que já está na mira da gestão Pedro Parente para ser privatizado.

A gerência de Terra e Águas Rasas informou que terá uma reunião nesta sexta-feira, 02, com a Braserv para discutir o retorno das atividades e que voltará a se reunir com a FUP em, no máximo, 30 dias para se posicionar e responder as cobranças.

[FUP]