Metalúrgicos paralisam fábricas no Dia do Basta e protestam na Paulista

Dia do Basta dos metalúrgicos paulistas, nesta sexta-feira (10), começou com diversas paralisações em fábricas. A principal mobilização, no ABC Paulista, começou ainda na madrugada, na Mercedes-Benz. O objetivo é denunciar a perda de direitos e protestar contra o desemprego, o preço do combustível e a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Além das paralisações pela manhã, houve distribuição de boletins sobre as razões dos protestos nas fábricas da base, que abrange também Diadema. Em seguida, o sindicato organizou caravana para o ato das centrais em frente à Fiesp, na Avenida Paulista.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Wagner Santana, o Wagnão, observou que as manifestações de são “contra todos os ataques que a classe trabalhadora está sofrendo, na defesa de um mundo mais solidário em que os trabalhadores tenham empregos com carteira assinada, condições de trabalho, saúde e educação públicas”, disse.

Já o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT), Paulo Cayres, lembrou que para reverter os retrocessos a luta também será nas eleições deste ano. “O nosso papel é alertar os trabalhadores sobre os riscos dos ataques que estamos sofrendo e a necessidade de ampliar a luta, com esforço e garra, para reverter a situação e retomar o crescimento econômico do país”, afirmou.

Secretário-geral Aroaldo Oliveira da Silva fala na Avenida Paulista

 

Em São José dos Campos, região do Vale do Paraíba, o sindicato local promoveu protestos em dez fábricas. Em duas delas, a JC Hitachi e Prolind, decidiram parar por duas horas.

Os metalúrgicos da Embraer, Gerdau, Panasonic, Heatcraft, Parker Filtros, MWL, APS e Chery também aderiram às assembleias. Na Chery, em Jacareí, Parker Filtros, em São José dos Campos, e MWL, em Caçapava, houve atraso de uma hora na entrada dos trabalhadores da produção. 

“Os metalúrgicos estão mostrando toda sua indignação contra o descaso deste governo, que protege patrões e penaliza os trabalhadores. Nas assembleias, ficou claro que teremos de ir à luta para impedir que aquela corja de Brasília continue atacando nossos direitos. Exigimos a revogação da reforma trabalhista e o arquivamento da reforma da Previdência”, afirmou o presidente do Sindicato, Weller Gonçalves.

[Via Rede Brasil Atual]