Petrobrás quer discutir mudanças estruturais no regramento da PLR

 

Em reunião com a FUP nesta quarta-feira, 07, a Petrobrás apresentou os principais pontos que pretende discutir com as entidades sindicais sobre uma nova metodologia de regramento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). O atual acordo pactuado com a FUP e seus sindicatos tem validade até 30 de março de 2019, mas, segundo a Petrobrás, a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) estabeleceu prazo até o final de novembro para que as estatais apresentem indicadores e metas para a PLR referente ao exercício de 2019.

Alguns dos tópicos pautados pela Petrobrás na reunião alteram profundamente a metodologia e os indicadores aprovados pelos trabalhadores em 2014. A empresa quer, por exemplo, discutir conquistas importantes, como a antecipação do pagamento e a garantia de participação nos resultados quando não houver lucro. Além disso, os gestores pretendem incluir o sistema de consequências no processo de discussão da nova metodologia.

No que diz respeito aos indicadores, a Petrobrás propõe conciliar metas que já foram aprovadas pelo Conselho de Administração da empresa e as novas orientações estabelecidas pela SEST, como indicadores de produtividade e de política pública. A FUP questionou as intenções da empresa e afirmou que esse debate não pode ser feito de forma açodada, destacando que a o pagamento da PLR é garantido por Lei e que as resoluções e orientações da SEST não podem se sobrepor à legislação.

Novas reuniões para tratar deste tema serão agendadas para as próximas semanas.

Resultados do terceiro trimestre

Antes de ouvir os gestores da Petrobrás sobre as mudanças propostas para PLR, a FUP e os técnicos do DIEESE e do INEEP (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra) questionaram alguns dados dos resultados financeiros e operacionais da empresa no terceiro trimestre. Houve questionamentos em relação ao impacto dos desinvestimentos no ritmo da produção e na perda de mercado, em função das privatizações a toque de caixa que foram feitos pela gestão de Pedro Parente.

“O lucro da Petrobrás é sustentado, principalmente, pelo Pré-Sal, cujos investimentos feitos no passado estão sendo colhidos agora. As privatizações e desinvestimentos destes últimos três anos vão impactar profundamente os resultados da empresa no futuro próximo”, afirmou o coordenador da FUP José Maria Rangel. Junto com os técnicos do DIEESE e do INEEP, ele participou de um bate papo ao vivo pelo facebook da FUP, onde esclareceram os principais pontos do balanço da Petrobrás e os impactos destes resultados para o povo brasileiro. Veja abaixo como foi o debate:

[FUP]