Diretoria da Petrobrás deve explicações sobre desvios na Araucária Nitrogenados

 

Na manhã de quarta-feira (26/06), duas pessoas foram presas em uma operação que investiga desvios de toneladas de ureia da Araucária Nitrogenados (ANSA). O esquema utilizou caminhões falsos para extraviar pelo menos 37 mil quilos do composto.

A suspeição sobre crimes do gênero dentro da unidade já é antiga, e chegou a ser tema de denúncias no Ministério Público Federal (MPF).

Há registros de trabalhadores que notaram movimentações atípicas na empresa, mas é comum os gestores perseguirem quem levanta a voz contra irregularidades na unidade. Assim como o ambiente, onde chefias praticam todo o tipo de assédio moral e coação, não é favorável a quem denuncia.

Mas como é possível que um trabalhador perceba que algo está errado em mais de uma ocasião e a diretoria da empresa não? Qual é a probabilidade de que toneladas de ureia desapareçam sem chamar a atenção de nenhum gestor?

Diante desses questionamentos, o Sindiquímica-PR vem a público exigir que o caso seja rigorosamente investigado e esclarecido pela Petrobrás. É inaceitável que a diretoria da empresa não consiga impedir um crime dessa proporção contra o patrimônio nacional.

Além de ser um desrespeito com o povo brasileiro, a livre circulação de caminhoneiros falsos e outros criminosos coloca em risco a segurança e as condições de trabalho de todos que atuam na unidade. A categoria e toda a população têm o direito de saber se há alguma investigação interna em curso, e se há alguém dentro da própria ANSA facilitando esquemas criminosos.

Para assegurar que o caso não será simplesmente abafado e varrido para baixo do tapete, o sindicato também irá requerer o ingresso nos autos de inquérito como interessado na elucidação dos fatos.

Por fim, o Sindiquímica-PR convoca todos os trabalhadores que tenham alguma informação sobre os desvios a procurarem a entidade e exporem o que viram. O sindicato se compromete a proteger a identidade, integridade e direitos de todos que tiverem algo a denunciar. A situação é muito grave e os responsáveis não podem ficar impunes!

[Via Sindiquímica-PR]