Dirigentes da FUP e dos sindicatos estão a caminho da Bahia para ato contra privatizações

 

Nesta sexta-feira (19), todos os caminhos levam à Rlam, mas especificamente ao Trevo da Resistência, na Rodovia BA 523, na Bahia, para onde se encaminham  os dirigentes da FUP e dos sindicatos de petroleiros de todo o país.

Lá, será realizado, a partir das 7h, um grande ato contra a privatização da Refinaria Landulpho Alves e dos terminais e dutos da Transpetro, que integram o sistema logístico da refinaria.

A mobilização faz parte do calendário de lutas da FUP nas campanhas em defesa do Sistema Petrobrás e do Acordo Coletivo de Trabalho.

“O ato pretende demonstrar a capacidade de união e também de comprometimento dos petroleiros e das  petroleiras, sejam eles trabalhadores diretos ou terceirizados. A situação é muito complicada. Estamos falando de perdas de direitos e de empregos, pois com a privatização não há nenhuma garantia de que os trabalhadores permaneçam em seus postos de trabalho, mesmo aqueles concursados”, revela o coordenador do Sindipetro Bahia, Jairo Batista.

A atual gestão da Petrobrás, que representa o governo de extrema direita de Bolsonaro está promovendo um grande desmonte na estatal, o que já está afetando o dia a dia dos trabalhadores nas unidades da empresa, que sofrem com a sobrecarga de trabalho, intensificada após a implantação do efetivo mínimo.

A única forma de resistência é através da luta, das mobilizações, deixando claro que a categoria não vai aceitar passivamente tantos desmandos. Por isso, a importância de que todos e todas participem dessa mobilização;

Já aconteceram mobilizações na Refinaria Abreu e Lima (PE);  nas usinas de biodíesel de Montes Claros (MG) e Candeias (BA); na Refinaria Presidente Vargas (Repar) e Araucária Nitrogenados, no Paraná; e na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul.

Junto com a Rlam, essas unidades integram a primeira fase do programa de venda de refinarias e de seus sistemas logísticos, cujos compradores já se articulam para se apropriar dessas plantas estratégicas.

Para privatizar as refinarias, a Perobrás mudou sua política de preços, passando a acompanhar o preço internacional do barril do petróleo e a variação do dólar, desencadeando, assim, aumentos sucessivos, da gasolina, diesel e gás de cozinha, prejudicando o consumidor brasileiro.  Além disso, a empresa diminuiu a capacidade de processamento nas refinarias.

Para o diretor da FUP, do Sindipetro Bahia e funcionário da Rlam, Deyvid Bacelar, “a estratégia da Petrobrás de diminuir as cargas nas refinarias e omitir a sua real capacidade de produção  é um crime lesa pátria, pois deprecia o patrimônio público para tentar justificar a sua venda, e o pior, a preços reduzidos”.

Segundo o coordenador do Sindipetro, a privatização das refinarias “é mais uma etapa para a privatização do Sistema Petrobrás e um ataque à soberania nacional e a autonomia do país em relação ao processamento de derivados de petróleo, colocando um setor estratégico da economia do país nas mãos de empresas estrangeiras”.

[Com informações do Sindipetro-BA]