Frente parlamentar mista em defesa da Petrobras é lançada na Câmara de Salvador

 

Com a iminente saída da Petrobras da Bahia e as consequências que essa medida causará a economia do estado, foi lançada nesta terça-feira (29), a frente parlamentar mista em defesa da Petrobras, na Câmara Municipal de Salvador. O evento foi marcado por duras críticas ao governo Bolsonaro (PSL).

Diversas figuras políticas estiveram presentes no lançamento, entre eles, os deputados estaduais Hilton Coelho (Psol), Rosemberg Pinto (PT), e os vereadores Henrique Carballal (PV), Suíca (PT), Moisés Rocha (PT) e o presidente da Casa, Geraldo Júnior (SD). Além deles, também estiveram presentes o presidente da CUT Bahia, Cedro Silva, o coordenador do Sindipetro, Jairo Batista, e o diretor da FUP, Deyvid Bacelar.

Ao abrir a sessão de lançamento da frente, o vereador Moisés Rocha (PT) criticou a falta de diálogo do governo federal com os trabalhadores e a sociedade civil. “Não há diálogo e nem um governo. É um desgoverno que não dialoga com ninguém, nem mesmo com o Congresso. […] É um governo que só faz gritar, agredir e xingar.”

O presidente da CUT Bahia também não poupou críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e disse que “o principal papel do governo tem sido entregar o patrimônio público”. “A Petrobras é um carro chefe importante para o desenvolvimento tecnológico e geração de emprego e renda para o país.”

Para o coordenador do Sindipetro, Jairo Batista, o lançamento da frente parlamentar é muito significativo na luta pela manutenção dos postos de trabalho.

“A Petrobras representa a geração de riquezas e renda que podem ser investidos na educação e saúde, além de outros segmentos que importam para a sociedade. Mas não só isso, até mesmo no preço dos combustíveis, porque com a privatização vem a lógica do lucro e a tendência é que o preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha aumentem”, afirma.

Também estiveram presentes na sessão dezenas de petroleiros da ativa e os aposentados. Érika Grise é trabalhadora do Torre Pituba e conta que tem sido muito difícil ver a Petrobras nessa situação depois de ter sido uma das maiores empresas do mundo há tão pouco tempo.

“Tem sido muito difícil, porque a gente trabalha sempre com amor. A gente está ali para fazer a companhia. A gente no fundo se sente muito mal com tudo isso e é muito difícil.”

O deputado estadual Hilton Coelho (Psol) fala que o país caminha para ficar rendido e diz que o Brasil está na contramão do anseio popular.

“É impossível pensar em um país soberano sem a Eletrobras, Banco do Brasil, BNDES e a Petrobras. Perder o controle dessa matriz de produção energética é deixar o Brasil rendido no cenário das relações internacionais e enfraquecer a sua própria capacidade de investimentos”, alerta.

[Via Sindipetro Bahia]