INEEP: governo subestimou impacto do óleo no Nordeste

 

Os impactos do maior derramamento de petróleo da história do país foram subestimados pelo governo brasileiro.

Além de demorar a agir e não seguir o protocolo para estas emergências, o governo neste ano reduziu o orçamento de órgãos que deveriam ter atuação fundamental na contenção do óleo. William Nozaki, diretor-técnico do Instituto de Estudos Estratégicos do Petróleo (Ineep) levou os dados em entrevista ao serviço em espanhol do Russia Today, canal internacional russo.

“O governo parece ter subestimado o impacto que este evento poderia causar e tratou inicialmente como se fosse um vazamento ordinário. As Forças Armadas tiveram um bloqueio de 44%, somando um total de R$ 5,8 bilhões. No Ibama, o corte foi de 24%”, explica.

Nozaki detalhou ainda que apesar de o óleo cru ser matéria orgânica, ele pode ficar no mar por duas ou três décadas até ser reabsorvido pela natureza, e deixando danos para os seres vivos e para os biomas, daí a importância de se identificar rapidamente e retirar esse óleo dos oceanos.

Na última sexta-feria (1º), a Polícia Federal apontou um navio grego como responsável pelo derramamento de óleo que afetou as praias do Nordeste. Os responsáveis pela embarcação negam.

[Via INEEP | ]Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Agência Pixel Press/Folhapress]