Um abraço pela permanência da Petrobrás na Bahia

 

Em um ato simbólico para demonstrar a importância da Petrobras para a categoria petroleira e para a economia da Bahia, petroleiros deram um abraço coletivo no edifício Torre Pituba, onde funciona a sede administrativa da estatal no estado.

O ato que aconteceu nessa sexta-feira (6), no começo da manhã, por volta das 8h, foi uma forma de mostrar que a mobilização dos trabalhadores pela permanência da Petrobras na Bahia continua forte e contra novos acordos que permitam as transferências dos trabalhadores.

Os trabalhadores repudiam novos acordos entre o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Petrobrás que permitam a retomada das transferências para outros estados. Eles querem a manutenção dos empregos na Bahia.

De forma unilateral e através de pressão e assédio moral por parte da gerência, muitos funcionários do Torre Pituba estavam sendo obrigados a “optar” pela transferência para outros estados, uma vez que a atual gestão da Petrobras resolveu desocupar o Torre Pituba.

Uma ação do MPT, que obteve liminar na justiça, barrou os abusos e transferências, que foram suspensas. Os trabalhadores querem a manutenção da medida cautelar e ainda submetidos as mais variadas formas de assédio e adoecimento clamam pela manutenção de seus postos de trabalho na Bahia.

Durante o ato, o diretor do Sindipetro e vice-presidente da CUT Bahia, Leonardo Urpia, falou sobre os últimos movimentos de organização de uma luta conjunta envolvendo funcionários de outras estatais como a Chesf e Correios, contra a privatização da Petrobras e também dessas grandes empresas. Representantes dos eletricitários estiveram presentes à mobilização.

Já o diretor do Sindipetro, Luciomar Vita, orientou aos trabalhadores que procurassem a assistente social e a psicóloga da unidade em busca de apoio emocional para atravessar esse momento, em que há muitos relatos de trabalhadores com problemas psicológicos a exemplo de depressão e ansiedade, ocasionados pela pressão da gerência da empresa e pela mudança repentina de vida.

No final da mobilização, o Sindipetro foi informado que uma assistente social e uma psicóloga teriam pedido demissão da empresa. Ao que tudo indica elas também não aguentaram a pressão.

[Via Sindipetro Bahia]