Petrobrás inicia hibernação da UO-BA com paralisação de cinco sondas

 

A Petrobrás anunciou na noite dessa quinta-feira (23) a paralisação de cinco sondas de petróleo que funcionam na UO-BA, Unidade Operacional da estatal na Bahia. São quatro sondas (SPTS) da empresa Braserv (SPTS 143, 145, 153 e 154) e uma da Perbras (SPT 19) que deixam de funcionar a partir dessa sexta-feira (24), provocando, inicialmente, a demissão de cerca de 350 trabalhadores diretos e indiretos.

Com isso, oficialmente, a direção da Petrobrás dá inicio à paralisação das atividades da UO-BA, como o Sindipetro Bahia já havia antecipado. De acordo com a própria empresa essa (a paralisação de cinco das 20 sondas em operação no estado) é uma medida inicial que será aprofundada atingindo, em primeiro plano, os campos terrestres de Água Grande, Dom João, Candeias e Rio Pojuca.

Por força contratual, a Petrobrás tem o direito de paralisar as sondas de petróleo a qualquer momento desde que comunique à empresa com 30 dias de antecedência, o que não aconteceu, uma vez que o aviso não foi nem de 24 horas.

A estatal também encerrou as atividades de quatro sondas da Braserv em Sergipe, ocasionando a demissão de 200 trabalhadores.

Ao paralisar as atividades das sondas, a direção da Petrobrás deixou de cumprir o contrato elaborado pela própria estatal e, de forma autoritária e unilateral, se recusou a negociar com o Sindipetro Bahia, que fez diversas tentativas de abertura de diálogo para apresentar propostas que pudessem minimizar os impactos causados pela paralisação dessas sondas, principalmente no que diz respeito às demissões.

Para o diretor de comunicação do Sindipetro, Radiovaldo Costa, a direção da Petrobrás age de forma irresponsável. “Em meio à pandemia de covid-19, a estatal que poderia ajudar, agir com responsabilidade social, está aprofundando a crise econômica e sanitária no Nordeste, região que já vinha sendo afetada pelas políticas do governo Bolsonaro como a redução da concessão do benefício do Bolsa Família. Infelizmente, o que estamos vendo é que a gestão da Petrobrás age como espelho do governo federal”

A direção do Sindipetro vai continuar lutando para reverter essa decisão, cobrando dos parlamentares ações políticas que possam mudar esse quadro, principalmente daqueles parlamentares que fazem parte da base do governo Bolsonaro para que abram um canal de negociação com o governo e com o presidente da Petrobrás, Castello Branco. Afinal, esse é o momento para que esses políticos provem que de fato representam o povo baiano.

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Com a decisão de hibernar campos terrestres da UO-BA, direção da Petrobrás aprofunda crise sanitária no Nordeste

Prefeitos e parlamentares da Bahia entram na briga para impedir que direção da Petrobrás feche seus campos terrestres de petróleo

[Via Sindipetro Bahia]