COVID-19: Gestão Castello Branco esconde novos casos e óbitos e quer finalizar isolamento social

Sem negociação com sindicatos, Petrobrás divulga plano para fim da quarentena

Assim como o governo federal, a Petrobrás também tem omitido os números de casos do novo coronavírus. Não é de hoje que a sonegação de informações ocorre. O GT da Petros é prova disso, que por diversas vezes não obteve as informações necessárias, atrasando o processo de construção do Novo Plano de Equacionamento.

Não é coincidência que desde 2016, as informações solicitadas pelos sindicatos à Petrobrás não são apresentadas ou são, mas de forma maquiada e com poucas respostas. Tem-se escutado da empresa, em diversas reuniões, a frase “esta informação é sigilosa”. Além disso, as negociações não ocorrem mais com as entidades sindicais. A empresa aplica o que lhe convém e depois somente apresenta aos representantes dos trabalhadores. Não por desejo destes, que estão tendo de judiciar muitos processos que poderiam ter sido discutidos em mesa de negociação. E estão ganhando.

A última é o plano estratégico divulgado hoje pela empresa sobre o retorno ao trabalho presencial. De acordo com a empresa, os trabalhadores terão que se adaptar ao “novo normal”. O que nos deixa uma dúvida. Esse tal de novo normal são as milhares de pessoas que estão morrendo por dia no país e que está sendo subnotificado pelo governo federal?

Tá ai outra palavra que temos usado muito em nossos textos desde o golpe. Subnotificação. Já foram realizadas diversas cobranças da Federação Única dos Petroleiros em relação a CAT`s não emitidas no dia a dia do trabalho. O que dizer de um dia a dia no “novo normal” em tempos de pandemia? A Petrobrás, segue a linha do governo assassino de Bolsonaro. Expõe trabalhadores ao risco diariamente e esconde.

A FUP ressalta a importância do trabalhador zelar por sua vida e de seus familiares. Denuncie ao seu sindicato qualquer tipo de assédio gerencial. Seja trabalhador próprio ou terceiro. Estamos acompanhando este plano de retorno ao trabalho e responsabilizaremos cada gestor que derramar sangue em nossas fábricas e plataformas. O coronavírus não é uma gripizinha como diz o presidente do país. Já são quase 700 mil casos confirmados no país, mais de 36 mil mortes em apenas três meses. De acordo com a gerência da Petrobrás, as atividades presenciais serão retomadas de acordo com a decisão de cada estado e município, porém pode haver uma decisão independente disto.

É sabido que muitas cidades brasileiras que, mesmo com a curva crescente, estão reabrindo seus comércios, como é o caso do município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, onde encontra-se uma das maiores refinarias da Petrobrás. Sendo assim, alertamos aos gerentes que é de extrema importância a divulgação para os sindicatos dos números de casos de COVID-19 internos da empresa, para que haja de fato uma negociação de um plano que seja de fato seguro. A gestão da Petrobrás é composta por pessoas que têm livre arbítrio para escolher de qual lado querem estar na história do Brasil. Do lado de quem zela pela vida de milhares de trabalhadores, mães, filhos, maridos, avós, avôs, ou do governo Bolsonaro, que mente e mata todos os dias.

Federação Única dos Petroleiros