Sindipetro PE/PB denuncia assédio moral no Terminal de Suape

Gerente e coordenador do terminal chamam supervisores para ameaçar e intimidar…




Sindipetro PE/PB

Gerente e coordenador do terminal chamam supervisores para ameaçar e intimidar por causa de uma greve que ainda nem existe 

Uma verdadeira cena de ditadura foi vivenciada pelos supervisores do Terminal Aquaviário de Suape. Reunidos em uma sala, eles ouviram despautérios do gerente e do coordenador do terminal. De um por um, o gerente foi perguntando para cada supervisor e na frente de todos: “VOCÊ SABE QUE O CARGO DE SUPERVISOR É DE CONFIANÇA? VOCÊ FARÁ PARTE DO PLANO DE CONTINGÊNCIA?” E ainda ameaçaram dizendo que os supervisores fariam turnos de 12 horas, em caso de paralisação.

 

A opressão a fim de constranger os trabalhadores era para evitar uma greve, o que ainda nem aconteceu. Foi um ataque aos direitos trabalhistas e motivado somente pela indicação de paralisação pelo Conselho Deliberativo da FUP, caso não haja consenso nas negociações em andamento. E pelo jeito negociação é uma palavra que o gerente não deve conhecer, pois ignora que há um processo negocial em curso.

 

Suas atitudes infringem a lei 7.783, de 28 de junho de 1989 que protege o direito de greve. Se o gerente e o supervisor lêssem o parágrafo 2 do artigo 6o veriam:

 

O Sindipetro repudia com veemência tais ações imorais, ilegais e covardes de chefetes que não cumprem a própria responsabilidade  ao permitir que 16 válvulas permaneçam há meses sem comando do painel. Se fizessem um passeio pelo Terminal de Suape em vez de ficar ameaçando empregados, eles veriam a lista enorme de pendências que aguardam a solução de uma gerência que se faz de cega, surda e muda para os problemas reais e está pronta a atacar trabalhadores por greves que não estão acontecendo.

 

O Sindicato ainda lembra que tais ameaças configuram assédio moral e são passíveis de processo e punição judicial. O movimento sindical petroleiro coordenado pela Federação Única dos Trabalhadores sempre cumpriu a lei de greve e exige comportamento igual das chefias da empresa.